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Incontinência urinária e dor pélvica são problemas comuns entre as mulheres, porém possuem tratamento

E o tratamento descarta o uso de remédios e cirurgia

Daniele Ivachuk começou a ter problemas após o terceiro filho e procorou ajuda após 2 anos do parto | Foto: arquivo pessoal

Já pensou ter dores na região pélvica durante o seu dia a dia ou durante ato sexual ou mesmo não poder correr, se exercitar, pular ou mesmo pegar algum objeto pesado por perder ou ter medo de perder xixi? Essa era a realidade de Daniele Ivachuk de 34 anos.

Mãe de três filhos, ela passou a conviver com os problemas no terceiro parto, há cerca de dois anos.

“Já havia feito muitos exames e meu ginecologista não encontrava o motivo da minha dor, queria retirar meu útero e erguer minha bexiga”, comenta.

Após se consultar com três médicos, Daniele, resistente a cirurgia recomendada por um dos profissionais, decidiu pesquisar todos os seus sintomas e encontrou a fisioterapia pélvica como alternativa. “Num dia que eu não aguentava de dor, fui ao Google, coloquei meus sintomas e apareceu a clínica da Drª Priscila”.

No dia da primeira consulta, foi descoberto que a paciente estava com problemas funcionais no seu assoalho pélvico, por isso as queixas de Daniele não apareciam nos exames solicitados pelos médicos consultados.

A funcionalidade da musculatura de assoalho pélvico (MAP) é responsável pela sustentação dos órgãos da área baixa do abdômen, como a bexiga, útero, próstata e intestino e impossibilitam sua movimentação durante as atividades do dia a dia e, quando essa funcionalidade está perdida, a pessoa apresenta falta de coordenação motora, diminuição da resistência e potência da região, podendo levar os órgãos a saírem de seu local, comprometendo a qualidade de vida pessoa.

Drª Priscila Calil Martins, especialista em fisioterapia pélvica há 22 anos, comenta que estes problemas podem ser prevenidos e tratados com técnicas e tecnologias.

“Precisamos criar na população o hábito pela prevenção de doenças e problemas, principalmente com relação aos problemas de origem funcional, onde as doenças não estão presentes e os exames se mostram normais.

Ela enfatiza ainda que se a mulher passou por gestação, independente do tipo de parto, se pratica muita atividade física de sobrecarga e impacto, se tem intestino preso, certamente sua musculatura de assoalho pélvico estará com a função comprometida e fazer exercícios específicos e individualizados é primordial para preservar a saúde de sua região pélvica.

“O fisioterapeuta pélvico é um profissional que devemos consultar anualmente para ver como anda a saúde íntima, mesmo que nenhum sintoma ainda tenha aparecido e se a pessoa já tem sintomas, o acompanhamento de um fisioterapeuta pélvico atualizado é fundamental na equipe multidisciplinar que acompanha a paciente”, comenta.

Com mais de 22 anos na fisioterapia pélvia, Priscila afirma que todo ano é preciso verificar como está o assoalho pélvico | Foto divulgação

Priscila completa ainda que problemas pélvicos a curto, médio ou longo prazo trazem diversos problemas para a vida da mulher, “pois além de resultarem em diminuição de autoestima, autoconfiança, trazem um problema social, quando acomete a parte urinária ou fecal e, no casal, acomete a parte da intimidade”, finaliza.

Dani, por exemplo, começou a fisioterapia pélvica depois de 2 anos do parto e no primeiro atendimento já viu os resultados. “Já não tive dor, fiz 15 sessões, as primeiras semanais e já não tive escape urinário”, comenta aliviada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% das brasileiras sofrem com incontinência urinária pós-parto.

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