O mercado de cerveja nunca teve tantos consumidores no Brasil, segundo dados do mais recente relatório Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. São 5,1 milhões a mais nos 12 meses terminados em março de 2022 em comparação ao ano móvel que acabou em março de 2021. No entanto, apesar do aumento, e mesmo com o avanço da vacinação e o fim de muitas restrições, a frequência do consumo fora do lar ainda não atingiu o nível pré-pandemia.
O estudo LinkQ Covid-19 da Kantar, feito em março deste ano, mostrou que 61% dos brasileiros declaram sair apenas para atividades essenciais.
Também nos 12 meses terminados em março de 2022, o ganho de ocasiões para o consumo de cerveja fora de casa foi de expressivos 16% e a queda dentro do lar foi 7,9%, totalizando um aumento geral de ocasiões em 2,1% frente ao período anterior, o que comprova que as pessoas estão saindo mais de casa, mas ainda não com a mesma frequência de antes da pandemia. No mesmo intervalo houve um incremento de 1,6% na compra de unidades de cerveja para consumo fora de casa e uma retração de 7,1% dentro do lar, que representam uma variação de -4% no consumo total de unidades de cerveja dentro e fora de casa. Há mais gente consumindo, porém em menor quantidade, principalmente pelo fator preço.
O valor gasto com a bebida fora de casa cresceu 8,6% e diminuiu 6,5% dentro do lar em comparação ao ano anterior, indicando que o hábito de beber cerveja dentro do lar vem migrando para fora, porém ainda não nos níveis do pré-pandemia.
Marcas mainstream continuam sendo as grandes impulsionadoras do crescimento do consumo, mas o segmento premium continua tendo seu público, que, para fazer caber no bolso, diminui a frequência do consumo, mas segue fiel ao produto.
O relatório ouviu 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país. A amostra representa 59 milhões de lares do Brasil.
Já o interesse dos brasileiros por vinhos vem aumentando nos últimos anos. A barreira de consumo de 2 litros per capita no país foi rompida durante a pandemia e segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) já chega a 2,6 litros no ano.
De acordo com a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), em 2021, os chamados vinhos finos tranquilos (tintos, brancos e rosés comuns, que não possuem gás ou que não receberam inserção extra de álcool e/ou açúcar e com aproximadamente 14% de álcool) tiveram uma expansão de 11,43% comparado ao ano anterior e de 73,22% frente a 2017. Os espumantes também cresceram 38,50% em 2021 e nos últimos cinco anos ampliaram em 31,42% sua representatividade.