O que são os pólipos, que muitas vezes assustam os pacientes

Existem muitas dúvidas com relação aos pólipos, encontrados mais comumente no intestino. Mas, o que são pólipos? De acordo como Dr. Antônio Orlando, médico oncologista e especialista também em Clínica Médica e médico do Núcleo de Hematologia e Oncologia – NHO, do grupo Oncoclinicas, em Belo Horizonte/MG, um pólipo, pode ser definido como o crescimento anormal, da mucosa de uma víscera, causando uma projeção no seu interior. Mas como diagnosticá-lo? Como se faz o tratamento?
O crescimento anormal da mucosa de uma víscera é mais comum em homens, principalmente acima de 60 anos. Ele se desenvolve em locais bastante diferentes como, a bexiga, útero e cavidade nasal, sendo mais frequente no intestino.
Conforme explica o médico, “os pólipos podem ser completamente assintomáticos, sendo descobertos durante um exame de rotina. Podem ser benignos, pré malignos ou malignos. “Apesar do seu aspecto poder sugerir se é benigno ou não, somente com a sua retirada e exame no microscópio é que essa classificação poderá ser feita”.
Podem ser únicos ou múltiplos, com diferentes tamanhos, e causar sintomas graves, como um pólipo nas pregas vocais.
Algumas síndromes apresentam centenas de pólipos no intestino, sendo indicado a retirada cirúrgica do mesmo na adolescência. Outras vezes, acrescenta Dr. Antônio Orlando, “durante um exame detectamos um único pólipo, o retiramos com sucesso e nunca mais haver recidiva. Mas há situações em que o paciente necessita ter seu intestino avaliado anualmente, para a busca de pólipos que, caso sejam encontrados, devem ser removidos.
“Importante destacar também que, do mesmo modo que existem síndromes que cursam com centenas de pólipos, existem doenças que cursam apenas com um pólipo, porém associados a alterações oculares, dentes supranumerários e tumores malignos em outros locais”, acrescenta o especialista, observando que todo pólipo retirado é, obrigatoriamente, analisado no microscópio e o laudo encaminhado para o médico responsável.
O tratamento pode ser apenas a sua ressecção ou incluir algum procedimento complementar, o que vai depender do tipo, do tamanho e de outros fatores.
A dica para não se perder, no meio de tanta informação, aponta Dr. Antônio Orlando Scalabrini, “é sempre ter seu médico de confiança orientando e esclarecendo, nunca deixando se levar pela literatura leiga, principalmente de fontes desconhecidas, que, muitas vezes, podem induzir o paciente a cometer um erro que pode alterar o curso de uma doença que poderia ter um final totalmente vitorioso”.

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