Hospital Angelina Caron utiliza aparelho de mapeamento de retina que detecta tumores como o retinoblastoma, doenças oculares e até cardiológicas
Dia Mundial da Saúde Ocular – O acompanhamento oftalmológico deve fazer parte de toda a vida, do nascimento à terceira idade, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento. Essa regularidade traz reflexos não só à saúde dos olhos, mas de todo o corpo, como alerta o médico Décio Brik, especialista em doenças da córnea e chefe do serviço de oftalmologia do HAC. “A avaliação ocular é responsável por uma série de diagnósticos, porque pode indicar alterações oftalmológicas, infecciosas, sanguíneas, crônicas e até neurológicas”, aponta.
Recentemente, o apresentador Tiago Leifert anunciou que sua filha de pouco mais de um ano está em tratamento de retinoblastoma, um câncer ocular raro, porém o tipo mais comum em crianças, diagnosticado com frequência durante as primeiras avaliações com um oftalmologista. Segundo o Ministério da Saúde, o retinoblastoma representa cerca de 3% dos cânceres infantis, com 400 novos casos por ano no país. Apesar de o número ser pouco expressivo, requer atenção. As alterações de fundo de olho acontecem de forma lenta e progressiva, sem afetar de imediato a capacidade de visão. Por isso, é necessário exames que verifiquem a região, prevenindo a incidência de casos de baixa visão e cegueira – afinal, o diagnóstico precoce garante 90% mais chances de cura.
Novas tecnologias no exame de fundo de olho
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia defende a realização do “Teste do Olhinho” em todos os bebês logo após o nascimento, para detectar qualquer alteração que possa causar obstrução no eixo visual e uma possível cegueira. “Mas para confirmar ou descartar o diagnóstico de retinoblastoma é indispensável realizar a Fundoscopia, conhecida como exame de fundo de olho, que avalia a saúde do nervo óptico e da retina, estrutura localizada na parte posterior do globo ocular”, explica Brik.
O mesmo exame que possibilita o diagnóstico de retinoblastoma em crianças, também permite a visualização de veias e artérias próximas ao nervo óptico e retina, que, em adultos, podem indicar alterações relacionadas a outras doenças, como diabetes e hipertensão, mesmo que o paciente não apresente sintomas. “Diabéticos e hipertensos fazem parte do principal grupo de risco de graves doenças cardiovasculares como os AVCs. Embora poucos métodos possam precisar quando um acidente vascular é iminente, a fundoscopia pode ser essencial para o diagnóstico com um simples equipamento”, ressalta o médico.
Inovação a serviço da saúde
O simples equipamento que Dr. Brik menciona é uma das novas ferramentas utilizadas pela equipe de oftalmologia do Hospital Angelina Caron (HAC): Smart Retinal Camera (SRC), o Phelcom Eyer, um retinógrafo portátil. O aparelho é utilizado para captar a imagem do fundo do olho e detectar doenças oculares nos pacientes. O hospital adquiriu o equipamento em 2022 para apoiar o diagnóstico oftalmológico e diagnosticar outras doenças com o mapeamento de retina, inclusive as cardiológicas.
“Inovação 100% brasileira, desenvolvida por ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP), o SRC é formado por uma estrutura acoplada a um smartphone, fácil de ser transportado e manuseado, o que facilita sua utilização em bebês e crianças. Ao tirar uma fotografia com flash, é normal visualizar um reflexo vermelho na pupila. Mas, se o reflexo for branco ou até mesmo escuro, a criança deve ser levada ao oftalmologista para um exame completo que pode detectar sinais precoces de alterações oculares. O ideal é realizar três exames por ano, de zero a três anos de idade”, orienta Brik.
O especialista ainda reforça que alguns sinais e sintomas já podem indicar a necessidade de exames detalhados e um atendimento médico, como: fotofobia (sensibilidade exagerada à luz); dificuldade visual; aparência anormal do olho (desvio e tremor ocular); e inflamações.
Para tirar dúvidas sobre o exame de fundo de olho e sua aplicação no diagnóstico de diversas doenças, o HAC disponibiliza um e-book gratuito “Além do Retinoblastoma: Como a tecnologia em exames oculares possibilita diagnóstico de tumores a doenças do coração”. Para ter acesso, basta acessar conteudo.hospitalangelinacaron.org.br/live-retinoblastoma e fazer o download.
Oftalmologia
No Hospital Angelina Caron, o Serviço de Oftalmologia realiza o tratamento de todos os tipos de doenças dos olhos, com uma equipe de especialistas em córnea, catarata, retina, glaucoma, estrabismo e oftalmopediatria, neuro-oftalmologia, plástica ocular, uveítes e lentes de contato, com investimentos constantes em equipamentos e tecnologias à serviço do paciente. Para realizar exames oftalmológicos e cardiológicos de rotina no HAC, o contato é o (41) 3679-8100.
Sobre o Hospital Angelina Caron
O Hospital Angelina Caron tem como missão atender plenamente os seus mais diversos públicos, de forma igualitária, humanizada e integral. Localizada ao lado de Curitiba, em Campina Grande do Sul, a instituição é um centro médico-hospitalar de referência no Sul do Brasil. Tem como pilares os mais rigorosos princípios éticos e o compromisso social, além de 38 anos de tradição para oferecer a melhor promoção em saúde e possibilitar a retomada da qualidade de vida. O HAC realiza mais de 400 mil atendimentos por ano em pacientes de todo o país, incluindo particulares e por convênios, sendo um dos maiores parceiros do SUS no Estado. Com investimentos frequentes em tecnologia e equipamentos de última geração, o hospital atua em todas as vertentes da medicina, conta com Serviço de Transplantes de Órgãos reconhecido internacionalmente e é um centro tradicional de fomento ao ensino e à pesquisa.