Férias com vacinas em dia é sinônimo de segurança e tranquilidade

Conheça as vacinas que devem ser tomadas antes de viajar

As tão esperadas férias do meio do ano estão chegando e para muitas famílias essa é uma ótima época para viagens, principalmente para aqueles que têm crianças em casa. Mas antes de arrumar as malas e embarcar, os pais devem estar atentos para os cuidados com a vacinação de todos, uma vez que estar com a carteira de vacinas em dia é algo fundamental para uma viagem saudável e tranquila.

“O Ministério da Saúde recomenda que pelo menos 10 dias antes da viagem, o turista procure estar com a carteira atualizada. No caso de crianças, é importante checar se está tudo completo e no caso dos adultos também, já que normalmente eles acabam esquecendo das suas próprias vacinas quando crescem”, afirma a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira.

Katia também conta que o Brasil possui uma das carteiras de vacinação mais completas do mundo, porém a adesão às vacinas vem caindo nos últimos anos, o que vale ainda mais a atenção. “Para que haja a proteção coletiva e a nossa população fique blindada contra as doenças, o recomendável é que entre 90% e 95% das crianças, no mínimo, estejam imunizadas. Infelizmente esse número vem caindo muito e hoje três em cada dez crianças não receberam as vacinas necessárias e que protegem contra doenças potencialmente fatais”.

A baixa na vacinação coletiva traz diversos problemas, principalmente relacionados a doenças que estavam erradicadas e começam a retornar, como o sarampo. Por isso é importante atenção redobrada em viagens internacionais ou lugares mais remotos. “Para viagens ao exterior, o cuidado deve ser ainda maior, pois muitos lugares exigem comprovação de que as vacinas estão em dia, caso contrário a entrada no país não é liberada. A principal vacina exigida nestes casos é a de febre amarela”, conta a especialista. Também é importante, antes de embarcar, trocar o cartão de vacinas por um de uso internacional, dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Quais vacinas tomar?

Katia reforça que o correto é conferir o que falta ou está vencido na carteira de vacinação e seguir a orientação do Calendário Nacional de Vacinação. Além disso, a depender da região para onde irá viajar, também é importante conferir a necessidade de vacinas específicas. “Recomendo ao menos quatro tipos básicos para adultos: a dupla do adulto e a da gripe; e a herpes zóster e pneumococo para pessoas acima de 60. Já para crianças, a da gripe é fundamental, além da tríplice viral e contra meningite”, finaliza a especialista.

Confira abaixo as principais vacinas recomendadas:

Tríplice Viral: protege contra Sarampo, Caxumba, Rubéola;

Tetra Viral: protege contra Sarampo, Caxumba, Rubéola e Catapora;

Tríplice Bacteriana: protege contra Difteria, Tétano e Coqueluche;

Meningocócica C: previne contra doenças causadas pela bactéria Meningococo do tipo C, incluindo a Meningite e a Meningococcemia;

Meningocócica B – protege contra Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo do tipo B, como as doenças meningocócicas;

Meningocócica Conjugada Quadrivalente (ACWY) – protege contra Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo dos tipos A, C, W e Y, como doenças meningocócicas;

Hepatite A e B: importante principalmente para pessoas que planejam viajar para Ásia, África e as regiões Nordeste e Norte do Brasil, protege contra infecções do fígado causadas pelo vírus da Hepatite A e Hepatite B, como as doenças hepáticas;

Febre Amarela: para algumas viagens ao exterior, é requerido o cartão de vacina internacional atualizado e uma das aplicações exigidas é a vacinação contra a Febre Amarela. A vacina protege contra o arbovírus amarílico, da família Flaviviridae, a mesma do vírus da dengue;

Contra a Gripe: previne contra infecções causadas pelo vírus Influenza, que causa a Gripe;

Pneumocócica Conjugada 10-valente (VPC10): previne cerca de 70% das doenças graves em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos, como Pneumonia, Meningite e Otite;

Vacina Pneumocócica Conjugada 13-valente (VPC13): previne cerca de 90% das doenças graves em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos, como Pneumonia, Meningite, Otite;

Vacina Pneumocócica Polissacarídica 23-valente (VPP23): protege contra infecções pneumocócicas causadas pelos tipos mais comuns do vírus Pneumococcos;

Contra Dengue: protege contra infecções causadas pelos quatro sorotipos de Dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), e só pode ser aplicada em pacientes que comprovadamente já foram infectados pelo vírus da Dengue no passado;

Covid-19: protege contra o vírus que provoca a Covid-19.