Nos últimos 10 anos, houve um expressivo desenvolvimento no conhecimento da fisiopatologia, do diagnóstico e tratamento das doenças valvares. O novo contexto científico aumentou a necessidade de um melhor entendimento das valvopatias pelos próprios pacientes, da interpretação dos exames diagnósticos e da indicação do momento e tipo de correção valvar. A edição mais recente da Revista da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – trata deste tema e traz o que há de mais atual.
“A realidade brasileira difere de outros países desenvolvidos, em razão da alta prevalência de doença reumática, que acomete indivíduos jovens; ao lado da alta de doenças degenerativas ou calcificas, tipo estenose aórtica, em razão do aumento da sobrevida dos pacientes; e significativo crescimento da população idosa, fazendo com que o cenário das valvopatias no Brasil seja peculiar em comparação a outras nações”, destaca o diretor de Publicações da SOCESP, Miguel Antonio Moretti.
O diretor de Publicações lembra que o manejo da doença valvar requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo cardiologistas, cardiologistas intervencionistas, cirurgiões, especialistas em exames complementares em especial ecocardiografistas, radiologistas e também os anestesistas (Heart Team). “A decisão deve ser compartilhada entre a equipe médica e o paciente, esclarecendo a importância do tratamento e o impacto da melhora da qualidade de vida e do prognóstico”, ressalta Moretti. Segundo ele, quando os casos clínicos de difícil conduta são compartilhados com o Heart Team, o índice de acertos aumenta, o paciente fica mais seguro e o conflito decisório diminui.
“Atualmente, há grande variedade nas estratégias clínicas e intervencionistas. O foco da publicação é transmitir conhecimento atualizado nas doenças valvares e apresentar as melhores evidências científicas descritas na literatura, associada à experiência de cardiologista que se dedicam aos pacientes com valvopatia, no acompanhamento e indicação de intervenção cirúrgica ou transcateter no momento correto da história natural. O objetivo final é que as sequelas permanentes sejam evitadas ou minimizadas”, detalha Miguel Antonio Moretti em relação aos múltiplos subtemas que estão abordados na edição.
A publicação tem o próprio Moretti como editor-chefe e os coeditores Auristela Isabel de Oliveira Ramos e Flávio Tarasoutchi. A Revista da SOCESP pode ser acessada em: https://socesp.org.br/revista/.