Arquiteta mostra como o sistema mantém o conforto térmico para os moradores
Embora por um período mais curto no Brasil, o frio incomoda. Principalmente em períodos quando a frente fria avança pelas regiões Sul e Sudeste, os dias gelados – incluindo as noites com temperaturas mínimas –, é um grande desconforto para os moradores. Com esse cenário, apostar em um sistema capaz de garantir conforto térmico aos ambientes vem se tornando uma medida cada vez mais adotada para propiciar uma agradável experiência dentro de casa enquanto, lá fora, está tudo congelando!
Assim, além do tradicional ar-condicionado, a calefação no piso ajuda a manter os cômodos em uma temperatura agradável, sem deixá-los muito quentes e com o objetivo de gerar calor e distribuí-lo para outras partes da residência.
Segundo a arquiteta Flavia Burin, do escritório Studio HA, o aquecimento no chão vem acompanhado por algumas particularidades. Uma delas diz respeito à localização do sistema, que fica abaixo do contrapiso, e demanda a instalação de uma camada isolante. Com essa ‘discrição’ dos cabos e a camada de proteção, a estrutura não ocupa espaço e nem polui o ambiente, ao contrário dos aparelhos aquecedores ou ar-condicionado. “O aquecimento é realizado através de todo esse sistema e o calor é distribuído por radiação, deixando não apenas o piso com uma sensação agradável, assim como todo o cômodo”, discorre.
Outras Vantagens
Além da retenção térmica, a calefação no piso impede a proliferação de mofo e bolor devido a irradiação do calor do sistema de funcionamento. Desse modo, a água ou umidade presente nos pisos são eliminadas de forma rápida, deixando os ambientes mais salutares para os moradores. Outra vantagem é a preservação da saúde dos moradores, uma vez que as vias aéreas não serão agredidas por conta de reações químicas capazes que geram a queima e o calor – caso das lareiras, que propagam fumaça durante sua utilização. “A calefação no piso é uma boa opção para quem tem crianças e animais em casa”, orienta Flávia.
O processo também é vantajoso para o décor, haja vista toda aparelhagem da calefação não fica aparente, sem afetar a disposição do layout do cômodo.
Tipos de piso para calefação
O tipo de piso também influencia diretamente na qualidade do aquecimento nos ambientes. De acordo com a arquiteta, revestimentos com boa condução térmica são as melhores escolhas quando o assunto é aquecimento no piso – eles conseguem transferir rapidamente o calor para a superfície, deixando o local com uma temperatura agradável em pouco tempo. “Revestimentos como porcelanato e pedras são as melhores alternativas. Resistentes, podem ser aquecidos em até 29 graus Celsius ou mais. Sem contar que suas propriedades cooperam na retenção do calor, tornando o sistema ainda mais eficiente”, esclarece a arquiteta.
Onde instalar o sistema
A calefação do piso pode estar em qualquer ambiente da residência, porém a maioria das pessoas prefere efetuar a instalação em ambientes associados ao descanso e relaxamento, como os dormitórios, salas de estar e, até mesmo, banheiros. “Não é nada agradável, ao acordar, sair das cobertas e pisar em um chão gelado ou, depois do banho, sair da umidade do box e sentir o impacto do chão frio. Esse cuidado ajuda a evitar o choque térmico”, ressalta a especialista.
Mesmo assim, muitas pessoas ainda têm receio de fazer essa aquisição por imaginarem que o sistema pode causar um superaquecimento. Para desmistificar essa percepção, Flávia detalha que o controle da temperatura é feito através do termostato, aumentando a segurança e garantindo a temperatura ideal para o ambiente.
Investindo em conforto térmico
Ainda segundo ela, investir na instalação do sistema de calefação no lar é benéfico para o estilo de vida dos moradores, contudo, o custo para obter esse conforto térmico pode variar de acordo com o tipo de sistema escolhido. “O custo médio da instalação de um piso aquecido hidráulico fica em torno de R$ 140/m², enquanto o elétrico pode custar cerca de R$ 190/m², na versão a cabo, ou em torno de R$ 270/m² na versão em manta”, finaliza.
Agosto/2022