Conforme esperado pelo Santander e pelo consenso de mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual em sua reunião de agosto, para 13,75% ao ano – a 12ª alta seguida.
Com o nível atual dos juros, a renda fixa seguirá como destaque nas carteiras dos investidores. Observamos que a captação nas aplicações indexadas ao CDI – taxa que acompanha de perto o juro básico – têm acelerado nos últimos meses. Dentro dos ativos pós-fixados, o investidor tem alternativas que proporcionam resgate imediato, como CDBs, fundos DI e o Tesouro Selic, ou as Letras (LCIs e LCAs), que possuem carência, mas são isentas de cobrança de Imposto de Renda para pessoa física.
Investimentos em crédito privado também têm sido muito procurados, seja via títulos ou fundos e previdência. São alternativas que estão com prêmio em relação aos títulos públicos e, em alguns casos, são isentas de IR para pessoa física. Por isso, na nossa visão, devem complementar a parcela do portfólio alocada em renda fixa.
Ainda neste universo, recomendamos alocação nos títulos prefixados, cuja rentabilidade é conhecida no momento da contratação. Num contexto de juros altos e prêmios relevantes, comparado às expectativas de juros futuros, esse investimento se torna interessante, mas vale destacar que ainda esperamos volatilidade nas taxas desses papeis no curto prazo. Além disso, caso sejam resgatados antes do vencimento, os rendimentos ficam sujeitos à marcação a mercado.
Para quem quer diversificar, indicamos os multimercados, fundos que permitem acesso aos mercados de renda fixa, renda variável e câmbio no Brasil e no exterior. A flexibilidade e dinamismo da classe é imprescindível na atual conjuntura desafiadora e de juros elevados, e temos observado fundos com boas performances no ano.
Outra opção de diversificação para investidores que não desejam oscilações são os Certificados de Operações Estruturadas (COEs). Possuímos alternativas que acompanham diferentes índices, como Dólar, Ibovespa, IPCA e S&P. Todos contam com capital garantido, ou seja, se o cliente levar o investimento até o vencimento, ele terá a proteção do valor investido. Em alguns casos, há ainda uma rentabilidade mínima garantida, onde o investidor ganha o que for maior, entre o desempenho do índice ou uma taxa prefixada, desde que levado até o vencimento.
E a renda variável? Existem muitas alternativas interessantes para investir no momento, mas dado o cenário de incertezas e a proximidade com as eleições, esperamos bastante volatilidade nas ações de empresas ao longo dos próximos meses. Para aqueles com maior perfil de risco e/ou prazo para resgatar suas aplicações, indicamos a alocação na classe, seja via fundos ou previdência, carteiras de rebalanceamento mensal ou diretamente com o Trader.
Em resumo, a nossa recomendação é que o investidor tenha uma carteira diversificada, equilibrada em relação ao perfil de risco, e tenha em mente que oscilações podem gerar oportunidades. Para ajudar a identificá-las, é fundamental contar com o apoio de um assessor que saiba quais aplicações são mais adequadas ao seu momento de vida, objetivo e perfil.
Por Arley Junior, Estrategista de Investimentos do Santander