Problema para atingir orgasmo atinge 35% das brasileiras
Quando falamos sobre relação sexual, encontramos diferentes situações, como aqueles totalmente satisfeitos com a performance e outros com queixas. E, entre as reclamações estão a dificuldade em chegar ao orgasmo, que inclui homens e mulheres.
Chamada de anorgasmia, esse problema faz com que o ápice da relação sexual não possa ser atingido para 35% das brasileiras, segundo um estudo produzido pelo Centro de Atenção à Mulher de Recife.
Diversos motivos fazem o problema surgir e é necessário investigar todas as causas, como explica Drª Priscila Martins Calil, especialista em Sexologia Somática e Fisiosexologia. “Muitas vezes a mulher que não consegue atingir o orgasmo ou o atinge de forma fraca e fugaz apresenta uma disfunção erétil, pois toda parte do clitóris, que é o sensor sexual feminino, precisa estar entrando em uma ereção de qualidade, o que também se aplica ao pênis no caso do homem”.
Porém, nem só a disfunção erétil pode estar relacionada a anorgasmia, outra causa bem comum é “a falta de comunicação corporal de qualidade entre o casal, o que também pode ser bem trabalhado com as técnicas da Sexologia Somática”, ressalta Drª Priscila.
Além disso, a falta do conhecimento do próprio corpo está entre as principais causas das dificuldades de orgasmo femininas, a falta de hábito da masturbação ou a forma incorreta da mesma também pode criar casos de anorgasmia. “Sem conhecer seu próprio corpo, não se sabe como chegar ao prazer, fazendo com que a pessoa terceirize a responsabilidade para sua parceria”. A especialista reforça, o problema tem grande relação com a educação sexual, como culpa, vergonha e medo da sexualidade que devem ser trabalhados com a pessoa.
Tratamento
A boa notícia é que a anorgasmia tem tratamento. “A Fisiosexologia e a Sexologia Somática possui diversos tipos de abordagem para este tipo de problema. Na primeira consulta analiso se a pessoa tem problemas em veias, artérias, ligamentos, músculos e reflexos na região de vulva e vagina, assim como está a saúde do relacionamento, como são as crenças e tabus relacionados à sexualidade, para assim prescrever a melhor forma de tratamento para a paciente”, enfatiza, Priscila.