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Após pico de compra e adoção de pets durante isolamento social, lares com animais de estimação diminuem no Brasil

Ração conquista novos compradores, mas vê queda na frequência de compra este ano. Internet se destaca.

pet abandonado
Foto de Min An/pexels.com

Depois de um boom durante o isolamento social na pandemia de Covid-19 no Brasil, lares com pets retraem -2,9% em 2022, segundo dados da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, o que indica abandono após compra ou adoção em 2021. A crise econômica pode explicar esse movimento.

O estudo Domestic View 2022 da Kantar mostra que o gasto médio domiciliar com pets apresentou um salto de 129% entre 2020 e 2021Para adaptar o orçamento com a chegada de um novo companheiro, as casas com animais de estimação passaram a gastar uma parcela menor do seu orçamento com alimentação dentro do lar (34%) do que aquelas sem bichinhos (37%). Também reservaram uma quantia menor para custos com serviços públicos – 13% versus 14%.

Enquanto entre os meses de março de 2020 e 2021 os lares com três ou mais cachorros representavam 21,2% do share, entre 2021 e 2022 são apenas 14,5%, e as casas com apenas um cachorro são hoje 10% a mais do que ano passado.

Os compradores das casas com apenas um pet foram os que mais contribuíram positivamente para o mercado de ração para cães e gatos, com 36,9% e 45,8%, respectivamente.

Muitos estão deixando de alimentar seus pets com comidas caseiras e optando pelas industrializadas, um indício de escolhas por praticidade neste novo momento que estamos vivendo. No pré-pandemia as rações industrializadas para cães representavam 35,8% do share e nos últimos 12 meses terminados em março deste ano foram 43,8%. As comidas preparadas em casa eram 15,9% e hoje retraíram para 11%.

O mercado de ração para pets registrou aumento de 16,6% em compradores nos últimos 12 meses terminados em março de 2022 versus o ano móvel anterior, representando uma penetração de +20%, mas a frequência retraiu 11,9%, o que pode ser explicado pelo aumento do preço médio em 12,8%. O volume comprado se manteve estável no período.

Destaque para o e-commerce

Os canais de venda Cash & Carry, e-commerce e os pontos de venda especializados – como pet shops, granjas etc. -, são os que vêm ganhando mais espaço nesse mercado e os que mais contribuem de forma positiva para o segmento, com destaque para o comércio online, que registrou um incremento de +78% em valor e +42% em volume vendido no período analisado. Esses compradores de internet adquirem maior volume por compra – 5 kg a mais do que a média dos compradores -, com um tíquete médio de R$ 105, enquanto a média de outros canais é de R$ 34.

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