LANAC disponibiliza exame que identifica 14 patogêneses da doença com resultado em até uma hora
Febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, enjoo, vômito e mal-estar. Esses são os sintomas da meningite, uma inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso e a medula. Segundo o Ministério da Saúde, a meningite é considerada uma doença endêmica, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.
Esta semana, uma criança de três anos morreu em Londrina, no norte do Paraná, após contrair meningite pneumocócica. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a meningite pneumocócica já deixou 44 pessoas doentes nos primeiros oito meses deste ano. Durante todo o ano de 2021, foram 20 casos. O número de mortes causadas pela meningite meningocócica, causada por bactérias, aumentou de uma, em 2021, para quatro até agosto deste ano,
O LANAC – Laboratório de Análises Clínicas realiza os exames BiofireR FilmArray, que trazem resultados para até 27 patogêneses ao mesmo tempo: bactérias, vírus, leveduras, parasitos e/ou genes resistentes aos antimicrobianos. Depois da coleta, os resultados saem em apenas uma hora. O exame é indicado para problemas respiratórios, gastrointestinais, meningite/encefalite e para identificação de hemoculturas. Para a meningite, são investigadas 14 patogêneses (7 vírus, 6 bactérias e 1 levedura). A agilidade no diagnóstico pode significar a diferença entre a vida e a morte e entre uma cura com ou sem sequelas”, explica o especialista em bacteriologia do LANAC, Marcos Kozlowski.
A vacinação é uma arma importante para combater a doença. Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, a rede pública oferece com exclusividade a vacina meningocócica C conjugada. A rede privada conta com a meningocócica B recombinante. E tanto a rede pública como a privada, oferecem a meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY. ““A vacinação é uma arma poderosa para combater doenças e fortalecer o organismo. Verifique quais imunizações estão em atraso e realize as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação, garantindo assim um organismo mais forte para todas as doenças”, finaliza.
Segundo nota da Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIM – é observado um predomínio do sorogrupo B em menores de 5 anos, com presença do sorogrupo W em diversos grupos etários, particularmente no Sul do país, chegando a representar, em 2018, mais de 20% dos casos em alguns estados.