Número de casos de alergias aumentam com a chegada da primavera 

Cerca de 35% da população mundial sofre com algum tipo de doença alérgica respiratória

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 30% da população brasileira sofre de algum tipo de alergia, quadro que tende a se intensificar com a chegada da primavera, que acontece no dia 22 de setembro. O motivo é a polinização intensa, que, misturada ao sol e ventos, deixa o ar com uma maior concentração de partículas de pólen, o que faz com que muitas pessoas sofram com um quadro alérgico intenso nessa época do ano.

Segundo o especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, o alto índice de pólen aumenta os efeitos de algumas alergias como rinite, sinusite, asma e bronquite. “Além da questão da polinização, existem outros dois fatores extremos que afetam o sistema respiratório humano: a umidade excessiva e o clima seco. O clima seco causa o ressecamento da mucosa respiratória, o que facilita o desenvolvimento de inflamação no local, já a umidade excessiva contribui para a proliferação de ácaros e fungos, o que intensifica os sintomas alérgicos”, explica.

Os sintomas podem ser ainda mais intensos para quem sofre de rinite e asma alérgica, já que segundo a OMS, 25% dos brasileiros têm rinite e 20% da população infantil e adolescente, sofre de asma alérgica.  Kozlowski conta que o LANAC disponibiliza testes que identificam qual alergênico desencadeia os sintomas da rinite, como o RAST que é um exame de sangue indicado para identificar a presença de anticorpos IgE, que são responsáveis pela alergia. “O RAST é um exame que pode ser realizado em alimentos, fungos, animais, ácaros, produtos químicos e alguns medicamentos, e tem o potencial de determinar quais substâncias têm maior risco de provocar alergia. Ao conhecer os fatores desencadeadores, é possível trabalhar de forma mais pontual e assertiva, orientando o paciente sobre as ações de prevenção que podem ajudar a tornar as crises mais espaçadas, melhorando assim a qualidade de vida do paciente”, conta o especialista..

Medidas preventivas

Kozlowski reforça que algumas medidas rotineiras podem ajudar muito os indivíduos que sofrem de alergias. “Além dos cuidados clínicos, pessoas que sofrem com alergias devem cuidar do ambiente onde moram, pois a casa é um local de grande proliferação de fungos e bactérias, além de acumular poeira e sujeira. Por isso é importante manter os ambientes arejados e sem acúmulo de pó, assim como evitar ter na casa carpetes, cobertores de lã, bichos de pelúcia, etc”, finaliza.

Dicas para minimizar os sintomas das alergias:

  • Mantenha a casa arejada e limpa

  • Evitar objetos que acumulem pó, como carpetes, tapetes, cobertores de lã, bichos de pelúcia

  • Evite o uso de vassouras e espanadores

  • Lave as roupas de cama semanalmente

  • Aspire os colchões e mantenha limpa as capas de travesseiros, cortinas e mantas de sofá

  • Faça testes para identificar os fatores alergênicos

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