Além da castração, obesidade é fator de risco para câncer de mama

Oncologista explica fatores de risco e responsabilidade do tutor no desenvolvimento da doença

Além da castração, obesidade é fator de risco para câncer de mama
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Outubro tornou-se um dos meses mais emblemáticos das recorrentes campanhas em prol da saúde, com a bandeira rosa, outubro se tornou um mês de luta e combate contra um dos canceres que mais assombram as mulheres, o Câncer de Mama.

Estima-se que a cada 100 mil mulheres, 61 mil desenvolvem câncer de mama. Um número realmente alarmante e que não afeta apenas humanos, cadelas e gatas também são acometidas pela doença.  Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de mama atinge pelo menos 45% das fêmeas caninas. Em gatas o número chega a 30%, sendo 5% dos casos malignos.

No caso dos animais, ainda é possível manter a doença em controle, já que alguns cuidados do tutor, podem evitar o desenvolvimento, porém, a pesquisa do CFMV revela que 20% dos diagnósticos são tardios, prejudicando o tratamento, ou seja, esse é um tema que precisa de muito mais explanação.

A oncologista veterinária Dra. Claudia Brito, responsável pelo setor de oncologia da WeVets afirma que além da ação dos hormônios sexuais, estudos mais recentes apresentaram um outro fator agravante para o desenvolvimento da doença, a obesidade. Em torno de 22 a 40% da população mundial de cães e gatos está acima do peso. “Embora a relação entre obesidade e incidência do câncer de mama ainda não seja totalmente compreendida, sabe-se que animais obesos produzem mais substâncias inflamatórias que podem predispor ao desenvolvimento do câncer, além da dificuldade de avaliar pequenos nódulos mamários nesses animais”.

Aproximadamente 70% dos tumores em cadelas são malignos, com grande probabilidade de comportamento agressivo ou metastático. Em gatas o número é ainda maior, cerca de 90% dos tumores são malignos e agressivos, deles 80% evoluem para metástases em um ano.

De acordo com a oncologista, a doença pode se desenvolver tanto por fatores genéticos, mas o mais importante é o envolvimento dos hormônios sexuais na etiologia. Os tratamentos disponíveis são a cirurgia de mastectomia completa ou parcial, quimioterapia, radioterapia e outros. “Tumor em cadelas com menos de 3 cm, dependendo da localização, é possível fazer a mastectomia parcial sem necessidade de tirar toda a cadeia mamária. Acima de 3cm a indicação é retirada de cadeia mamaria. Em gatas, o recomendado é retirar toda as duas cadeias mamárias”- comenta Dra. Claudia.

Para minimizar os riscos, o mais indicado é realizar a castração antes do primeiro CIO ou entre o primeiro e segundo CIOs nas cadelas, e nas gatas até os 7 meses. Embora, mesmo que remota, ainda há chances da doença se desenvolver. Outra ação eficiente é a palpação e a observação de alterações nas regiões mamárias ou até mesmo no comportamento como: falta de apetite, odores e secreções na região mamária e falta de disposição. É primordial a visita regular ao médico veterinário.

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