Cirurgia bariátrica ajuda combater a obesidades e as doenças associadas

Cirurgião curitibano explica os benefícios da cirurgia bariátrica robótica para os médicos e pacientes nos procedimentos realizados por meio do robô Da Vinci

Cirurgia bariátrica ajuda combater a obesidades e as doenças associadas
obesidade-foto-pixabay

A obesidade é uma doença crônica que advém, principalmente, da nossa genética e da vida moderna. A cirurgia bariátrica é indicada devido à dificuldade de tratamento clínico da obesidade. “Para cada 10 pacientes que tentam o tratamento à base de medicamentos, dieta e exercícios, somente 2 conseguem reduzir o peso e mantê-lo baixo”, explica o cirurgião bariátrico do Pilar Hospital, em Curitiba, Dr. Giorgio Baretta.

Para demais casos a cirurgia bariátrica é uma importante aliada. “A cirurgia também é indicada àqueles pacientes com doenças associadas, que acompanham a obesidade. A bariátrica oferece uma grande chance para o paciente reduzir o seu peso, melhorando as condições de vida do paciente, da sua autoestima, das suas doenças, mas ela não faz nenhum milagre”, destaca.

Conforme o especialista, o paciente tem que aproveitar a oportunidade da cirurgia e mudar seus hábitos de vida, começando pela prática de atividades físicas. “A genética do paciente não muda. Ele terá tendência a retornar à obesidade se não cuidar com a alimentação. Por isso, é importante a manutenção das avaliações no pós-operatório com o cirurgião e a equipe multidisciplinar. A avaliação dos exames das vitaminas e da nutrição é de extrema importância”, orienta.

Segundo o cirurgião, para fazer a cirurgia bariátrica devemos levar em conta quatro critérios importantes. “O grau de obesidade do paciente pelo Índice de Massa Corporal (IMC), calculado por meio da relação entre peso e a altura do paciente, sua idade, as doenças associadas à obesidade e o tempo dessa obesidade. O IMC precisa estar acima de 40 kg/m² ou entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades, ou doenças associadas, como a hipertensão arterial, diabetes, lesões ortopédicas, apneia do sono, dislepidemias, entre outros”, explica o médico.

Quanto à idade, as cirurgias são indicadas sem restrições entre 18 e 65 anos. “Entre 16 e 18 anos precisa ter indicação correta, o consenso da família e o comprometimento destes no acompanhamento do paciente, avaliação de pediatra com avaliação de idade óssea e da equipe multidisciplinar”, ressalta Dr. Baretta.

As doenças associadas que entram na análise para a realização da cirurgia são aquelas que surgem devido à obesidade ou que se agravam com ela, como, por exemplo, o diabetes, a hipertensão, asma, apneia do sono, cardiopatias, trombose nas pernas, colesterol alto, esteatose hepática, infertilidade e, até mesmo, alguns tipos de cânceres e depressão.

Cirurgia robótica como aliada para uma recuperação mais rápida

A cirurgia robótica está revolucionando o tratamento e recuperação de pacientes em Curitiba. Desde meados de 2020, quando recebeu o robô Da Vinci, a tecnologia mais testada e validada nos países de primeiro mundo, o Pilar Hospital oferece aos pacientes e médicos todos os benefícios da cirurgia minimamente invasiva realizada por meio dessa inovadora tecnologia. Com a cirurgia bariátrica não podia ser diferente.

O cirurgião Dr. Giorgio Baretta foi o primeiro a utilizar a nova tecnologia no Paraná. Segundo ele, a cirurgia robótica pode auxiliar tanto o cirurgião quanto o paciente quando se trata de bariátrica. “O cirurgião porque, pelo robô, temos uma visão tridimensional e não bidimensional como na laparoscópica, e isso gera um aumento gigantesco da visão do profissional dentro do abdômen, um aumento de até 10 vezes na imagem. Além disso, outro benefício é a ergonomia, pois operamos sentados, e os movimentos que fazemos no robô são mimetizados no paciente, já que o Da Vinci reproduz os sete movimentos do nosso punho, o que não temos na laparoscópica, e isso deixa a cirurgia mais precisa, menos traumática, gerando mais benefícios para o paciente, como diminuição da dor e uma alta geralmente mais precoce, além de um retorno do paciente às suas atividades mais rápido do que nas outras técnicas”, avalia.

O que o cirurgião observa, semanalmente, nas cirurgias que realiza nos pacientes no Pilar Hospital, é que grande parte tem perfil para o procedimento robótico, seja ela primária, ou a revisional, que é uma reoperação. “Tendo o paciente a indicação para a cirurgia bariátrica, o hospital tenha o robô e o cirurgião seja habilitado e capacitado na sua utilização, certamente essa será a melhor opção para o paciente, já que ele poderá, geralmente, voltar mais rapidamente para as suas atividades do dia a dia, seja trabalho, estudos ou, até mesmo, cumprir as etapas do seu tratamento”, comenta.

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