Vários elementos estão em jogo na hora de montar este ambiente que acolhe moradores e convidados: material e formato dos móveis, posicionamento, luminárias, entre outros.
Com um leque amplo de projetos em seus portfólios, as arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini revelam as principais dicas para acertar no décor e na funcionalidade
Se uma sala de jantar pudesse guardar tudo o que acontece nela, certamente ficaria registrado não apenas os menus servidos em ocasiões especiais, mas também histórias de encontros, risadas e muitas memórias. Porém, para verdadeiramente ser um ‘coração de mãe’ e receber bem a todos, é preciso que esse espaço conte com uma perfeita protagonista: a mesa ideal, não só em termos de décor, mas também de conforto e praticidade. Vanessa Paiva e Claudia Passarini, à frente do escritório Paiva e Passarini – Arquitetura, esclarecem as principais dúvidas em relação à escolha desse móvel fundamental e mostram como combinar função e beleza para trazer ao lar um ambiente cheio de charme.
“Sem dúvidas, o primeiro ponto a ser analisado diz respeito às dimensões do cômodo”, comenta Claudia sobre a concepção do projeto. Segundo ela e sua sócia Vanessa, é válido considerar uma distância de 80 cm, seja entre a mesa e a parede, ou entre a mesa e outro móvel, é o mínimo para garantir uma boa circulação e não deixar o espaço muito apertado. No entanto, quando é possível, torna-se ainda mais confortável quando podemos considerar um afastamento seja de 1,20 m”, complementa.
Qual é o melhor formato de mesa?
Entre as possibilidades, o retangular é o preferido entre os moradores que estão montando a sua sala de jantar, afinal, é o que mais perfeitamente abriga uma grande quantidade de pessoas. Ele é tão procurado que acaba ditando o mercado: a maioria das lojas aposta na exibição desse modelo para cativar o consumidor.
Mas isso não quer dizer que os outros formatos não tenham vez, especialmente se a área disponível para o móvel não condiz com a estrutura longa. “Se a dúvida for entre uma mesa redonda ou quadrada para um espaço pequeno, a redonda é, sem dúvidas, a melhor opção”, indica Vanessa. O modelo circular é vantajoso por não ter quinas e por permitir agregar mais assentos – seja uma cadeira ou até uma banqueta. “Para deixar a mesa muito mais funcional, podemos inserir um tampo giratório, que facilita o vai e vem de servir”, sugere Claudia.
Além de marcarem o design, esses elementos são excelentes opções em termos práticos, pois, com o preparo certo, não correm o risco de manchar. E mesmo que isso aconteça, o restauro da madeira maciça ou da pedra é muito simples. O mesmo já não pode ser dito sobre a laca, acabamento pouco usado pelo escritório nas mesas de jantar para evitar, justamente, um desgaste precoce. “Torna-se praticamente inevitável lidar com algum dano e ter que cobrir a superfície com vidro, finalização pouco ideal, visto que muda a ideia original: a visualização da laca. Ao invés, passa-se a conviver com o domínio do outro elemento”, discorre Vanessa.
Quando o tampo é em vidro, alguns pontos devem ser levados em consideração para não atrapalhar o décor. Claudia explica que é interessante empregar o elemento em toda a estrutura, incluindo os pés: um material diferente acabaria chamando mais atenção para a parte inferior do que para a própria mesa. Além disso, o mix de componentes pode impactar negativamente o décor. “A transparência é um bom investimento na hora de destacar o que está no chão, como o piso ou um tapete”, recomenda Claudia.
Harmonizando o ambiente
Certas soluções fazem a diferença na hora de planejar a sala de jantar e, entre as principais, estão os pés da mesa. Pode parecer um detalhe pequeno, mas esse aspecto tem tudo para incomodar no dia a dia. Para prevenir a dor de cabeça, a dupla de arquitetas recomenda investir por uma base centralizada, porque libera mais espaço para a circulação – inclusive, para a inserção de outros assentos conforme a necessidade.
A estética é, certamente, uma das grandes preocupações dos moradores, principalmente em termos de combinação. Sobre isso, Vanessa ressalta que combinar não é necessariamente aplicar o mesmo material ou fazer ‘conjuntinho’; na realidade, essa compatibilização torna a atmosfera equilibrada. “Mesmo quando elegemos a madeira como material para a mesa e as cadeiras, não necessariamente precisamos acompanhar a mesma tonalidade. O contraponto bem avaliado realiza olhares muito interessantes e modernos”, conta a arquiteta.
Para arrematar a ambientação e trazer aquele aconchego intimista, a iluminação cumpre um papel bem importante. Apesar de não ser ‘obrigatório’, o pendente em cima da mesa adiciona um brilho especial à sala, mas também é funcional, sendo um apoio ao projeto luminotécnico. No entanto, esse destaque para a estrutura, que é sempre bem-vindo para realçar a sua beleza, não precisa vir dos pendentes: o mesmo efeito é alcançado com o uso de um foco de luz: o interessante é encontrar maneiras de evidenciar o conjunto da obra.
Sobre Paiva e Passarini – Arquitetura
A parceria entre as profissionais Claudia Passarini e Vanessa Paiva é uma prova de que a sofisticação e a técnica trazem excelentes resultados. O escritório Paiva e Passarini já assinou mais de 600 projetos em 10 anos de união, tendo como pontos de destaque o atendimento aos clientes e a qualidade técnica dos projetos. A dupla imprime a sofisticação de uma maneira que atenda às necessidades reais das pessoas, engenhosamente combinando a marca Paiva e Passarini com a expectativa dos clientes para realizar sonhos.
Paiva e Passarini – Arquitetura
(17) 3235-2618
arquitetura@paivaepassarini.com.br
@paivaepassarini
Setembro/2022