Laboratório passa a disponibilizar testes para diagnóstico da Monkeypox no Paraná e em outros estados do Sul do Brasil

Último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Paraná mostrou aumento de 86% nos casos, reforçando o alerta sobre a transmissão do vírus, que cresce no Sul do país

Laboratório passa a disponibilizar testes para diagnóstico da Monkeypox no Paraná e em outros estados do Sul do Brasil
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O Paraná e o Sul do Brasil têm registrado um aumento significativo nos casos de Monkeypox, também conhecida por “varíola dos macacos”. Para se ter ideia, só o Paraná confirmou dez novos casos da doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na primeira semana de setembro. Foram cinco novos casos em Curitiba, um em Cascavel, um em Londrina, dois em São José dos Pinhais e um em Maringá. O estado passou a somar 153 confirmações da doença em 16 cidades. Ainda de acordo com o boletim, são 145 homens e oito mulheres contaminados e contaminadas. As faixas etárias com mais registros são de 30 a 39 anos e 20 a 29 anos. A cidade com maior número de casos de varíola dos macacos é Curitiba, somando 115, seguida de muito longe por Paranaguá, com quatro casos, e São José dos Pinhais, com três. Araucária, Campo Largo, Colombo têm dois casos cada um.

No caso de Santa Catarina, houve um aumento de 30% de casos em apenas cinco dias. Até o começo de setembro, 115 casos da doença já foram confirmados. No Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância de Saúde do Estado confirmou, também no começo de setembro, um total de 120 casos de Monkeypox. Outros 358 casos suspeitos também estão em investigação. Em Porto Alegre, o total de casos chegou a 61, seguido por Canoas, com 10. Todos estão distribuídos em 28 municípios gaúchos.

No dia 20 de setembro, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro teste para o diagnóstico da Monkeypox no Brasil. O produto é o kit molecular Bio-Manguinhos, fabricado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que detecta as regiões genômicas dos vírus da Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster. Porém, a capacidade de distribuição deste kit no país ainda está sendo avaliada.

A baixa quantidade de exames que sejam capazes de identificar o Monkeypox, faz com que as pessoas busquem diagnósticos diferenciais, que são realizados através de testes para diagnóstico de outras doenças para que seja descartado o vírus. A análise clínica, em alguns casos, pode relacionar os sintomas apresentados pelos pacientes a outras doenças, como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, escabiose (sarna), sífilis e reações alérgicas, o que dificulta o diagnóstico preciso.

A novidade é que o ID8 – Inovação em Diagnóstico disponibiliza a laboratórios do estado do Paraná e de outros estados do Brasil, métodos moleculares para o diagnóstico da doença, que se revela como a alternativa mais segura para o diagnóstico assertivo.

A partir do diagnóstico correto, a atenção clínica pode ser otimizada para aliviar ao máximo os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo. Os sintomas do vírus podem incluir lesões na pele, febre, dor no corpo, dor de cabeça, entre outros. Segundo o Ministério da Saúde, os sinais duram de duas a quatro semanas.

Rodrigo Faitta Chitolina, supervisor de laboratório e responsável técnico do ID8, explica que o diagnóstico realizado pelo laboratório é por PCR em tempo real, considerada a técnica padrão ouro para a detecção de vírus.

“O exame do iD8 Diagnóstico realiza a detecção viral do Monkeypox pela amplificação de uma região conservada dos genes G2R (que detecta as linhagens do vírus do grupo da África Ocidental) e F3L (que detecta as linhagens do vírus pertencentes ao grupo da Bacia do Congo). Essa detecção específica permite dirimir as dúvidas quanto a possíveis infecções de outros patógenos com sintomatologia semelhante, como é o caso da Herpes Simplex 1 e 2 e Varicela Zoster”, explica Chitolina.

O exame disponível no ID8 se trata de uma metodologia de PCR em tempo real, metodologia que é recomendada pelas principais instituições e órgãos da saúde (OPA, WHO e Ministério da Saúde) como sendo a metodologia adequada para realização do diagnóstico. Além disso, o exame permite a detecção do vírus por amostras de swab de lesão/vesícula, que é a amostra principal no que concerne ao diagnóstico da  doença. Ainda, para casos onde se demanda um diagnóstico diferencial, uma vez que, o vírus pode ser confundido com outras doenças como sífilis e herpes, se oferta coleta de amostra de swab orofaringe, para auxílio de diagnóstico.

Sobre a Monkeypox

A doença Monkeypox (MPX), também conhecida como “varíola dos macacos”, vem alertando autoridades sanitárias de diversos países a adotar ações precoces a fim de evitar um surto mundial. O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Paraná mostrou um aumento de 86% nos casos, reforçando o alerta sobre a transmissão do vírus.

O vírus causador da doença é estudado há décadas e já foi detectado em pelo menos onze países africanos desde os anos 1970. O primeiro caso no Brasil foi registrado em julho de 2022, em Minas Gerais, em um homem de 41 anos. Foi o primeiro fora da África registrado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome da doença, entretanto, ainda gera grande confusão entre pessoas pouco informadas, que acreditam que os macacos são transmissores do vírus. Isso ocasiona o assassinato de muitos animais, que não transmitem a doença e são infectados e vitimados por ela, assim como os seres humanos. A transmissão da varíola ocorre de humanos para humanos, no caso de contato próximo com as lesões na pele da pessoa infectada, com secreções respiratórias ou objetos usados por quem está infectado. Em comunicado publicado no início de junho deste ano, a Sociedade Brasileira de Primatologia reforçou que a transmissão da doença não está associada aos primatas. Além de não transmitirem a doença, os macacos, na verdade, são sentinelas para a presença de zoonoses que possam impactar a saúde humana.

Saiba mais sobre a Monkeypox:

  •     O período de incubação, no qual a pessoa infectada é assintomática, é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Inicialmente, eles incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão;
  •     Já a manifestação na pele, mais conhecida pela população, ocorre entre 1 e 3 dias após os sinais e sintomas iniciais. Quando aparecem, as lesões têm diâmetro de meio centímetro a um centímetro, e podem ser confundidas com varicela ou sífilis;
  •     A transmissão do vírus Monkeypox entre pessoas ocorre, principalmente, através do contato direto, seja por meio do beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais;
  •     Também pode haver transmissão por secreções respiratórias durante o contato pessoal prolongado. Até o momento, não se sabe se o Monkeypox pode ser transmitido através do sêmen ou fluidos vaginais;
  •     A detecção correta do vírus é o primeiro passo para evitar a propagação e interromper as cadeias de transmissão.

Sobre o ID8 – Inovação em Diagnóstico

Um laboratório de apoio focado no diagnóstico molecular com entrega rápida, oferecendo resultados em poucas horas após o recebimento da amostra, com um fluxo de trabalho operacional os sete dias da semana. Os serviços vão além do diagnóstico. Metodologias simples e ágeis que reduzem consideravelmente o tempo de entrega do resultado, possibilitando ao paciente a chance de um tratamento mais assertivo e direcionado. Saiba mais em: www.id8diagnostico.com.br.

 

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