Tom do céu e mar pode compor o décor de diversas formas, desde tapetes, acessórios e objetos, até grandes peças de marcenaria;
Carina e Ieda Korman, arquitetas que sempre investem nas cores para equilibrar os ambientes, dão exemplos com projetos assinados pelo escritório Korman Arquitetos
Diversos tons, significados e possibilidades. Assim é o processo do décor que utiliza o azul, cor que expressa tranquilidade e serenidade, capaz de acalmar à primeira vista. Remete ao mar, ao céu e à natureza e, por isso, tem essa influência tão positiva: traz para dentro de casa a sensação de frescor. Optar por tintas, móveis, decoração e acessórios nessa tonalidade é uma aposta certa para criar um ambiente despojado, mas também é preciso parcimônia para não exagerar nos azulados. Para navegar entre tantas possibilidades, as arquitetas Carina e Ieda Korman, que dão nome ao escritório Korman Arquitetos, trazem exemplos variados de como usar essa matiz tão rica.
Por que o azul?
De acordo com levantamentos realizados pelas universidades americanas de Rhode Island e de Wisconsin, em 2022, a cor preferida da maioria das pessoas é o azul. E o motivo é uma associação do subconsciente a objetos que cada um tende a já gostar e valorizar, como, justamente, o céu e o mar. Já um segundo estudo feito em 2009, pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, mostrou que indivíduos trabalhando em frente a uma tela azulada tiveram ótimos resultados em tarefas de cunho criativo.
Azul no décor
Quando o assunto é décor, o tom frio é um aliado: combina muito bem com praticamente todas as cores, principalmente o verde — ao seu lado no círculo cromático — e o laranja, vermelho e amarelo, cuja harmonização é por contraste. Além disso, existe muito o que explorar dentro das nuances do próprio azul, que do mais claro ao mais escuro, agrega bastante ao design.
“Apostamos nesta coloração não só para trazer um pouco de vida ao ambiente, mas, também, serenidade. Em uma paleta mais neutra, ele contribui para destacar o visual sem ficar desproporcional à proposta do projeto”, elabora Carina sobre os cuidados ao desenvolver a gama de cores, frisando, ainda, que a harmonização clássica com o preto e o branco também funciona bem.
Tanto o tom como a quantidade de azul, e onde ele será colocado, devem passar por uma análise cuidadosa. Tudo vai depender do desejo e personalidade do morador: caso a vontade seja de esbanjar calmaria, as opções são pintar uma parede ou investir em marcenaria totalmente nesta cor. Por outro lado, se é uma pessoa que enjoa logo e está sempre renovando pequenos detalhes da casa, o melhor caminho são os acessórios.
Alguns quesitos em que é possível variar, sem comprometer, são, por exemplo, a roupa de cama e capas de almofadas e estofados, arranjos de flores, vasos, quadros, luminárias, entre outros. Mas, atenção nestes cenários: a dica é pensar em uma base sóbria para que as novidades não conflitem com os móveis. “O principal objetivo, invariavelmente, é ter um visual equilibrado, essa deve ser a estrela-norte em todo momento”, afirma Ieda.
Inspirações com azul