Deficientes visuais e analfabetos podem consumir sites graças a tecnologia

No Brasil o volume de internautas que não conseguem ter acesso completo aos conteúdos escritos na internet pelos mais diversos fatores:

– 13% dos brasileiros são idosos, ou seja, pessoas com mais de 60 que podem ter dificuldade para ler;
– 19% das pessoas possuem algum tipo de deficiência visual;
– 25% das pessoas são semi-analfabetas, sendo que uma, a cada quatro, são totalmente analfabetas ou analfabetos funcionais;
– 30% possuem a chamada vista cansada, ou presbiopia, que gera desinteresse pela leitura em telas de tablets, celulares e computadores.

Para Boby Vendramin, Diretor de Marketing e Mídia LATAM da Purple Lens, os empresários e criadores de conteúdo precisam entender o tamanho real deste público, que consome tanto quanto qualquer outro:

“O principal motivo para adotar a acessibilidade em um site é facilitar que todas as pessoas possam ter acesso aos conteúdos disponíveis na internet. Ao entregar um site que facilite o consumo de qualquer conteúdo, automaticamente o internauta passa a ter maior autonomia, independente da sua limitação visual. Quanto mais acesso às lojas virtuais, sites e blogs, maiores serão as oportunidades de conversão de vendas.”

Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web
A preocupação para que todas as pessoas consigam receber as mesmas informações, entender, navegar, interagir e comprar produtos não é novidade. Os sites que desejam facilitar o acesso precisam seguir as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG2), fornecendo alternativas textuais para imagens, multimídia e tornar a visualização mais fácil com relação aos contrastes e tamanho das fontes:

“O conceito das diretrizes WCAG definem como tornar o conteúdo de qualquer site mais acessível para pessoas com deficiência, não apenas visual. Inclui pessoas com problemas auditivos e físicos, por exemplo. Ao instalar o plugin Purple Lens, por exemplo, automaticamente todas as funcionalidades possíveis para maximizar a compatibilidade entre as interfaces utilizadas pelos usuários são implementadas”.

Boby lembra que pessoas cegas ou com limitações na visão já conseguiam navegar pela web quando os sites eram preparados ainda nos primeiros anos da internet, quando uma voz lia em alto e bom som cada palavra escrita em uma página web. A diferença é que a tecnologia era muito cara e poucas empresas apostaram nesta acessibilidade auditiva:

“Antigamente a tecnologia era precária e muito cara, poucas empresas conseguiam se adaptar. Hoje a tecnologia é outra, muito mais assertiva e mais natural, além de ser muito mais barata. Qualquer site consegue instalar o plugin e transformar o site para qualquer pessoa com deficiência em uma experiência futurista” completa.