A chegada do verão traz a expectativa de uma estação bem quente e de muito sol. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça o alerta no Dezembro Laranja, mês de conscientização do câncer de pele.
Em 2022, a campanha tem como tema “Não espere até sentir na pele” e faz um importante alerta sobre os perigos da exposição excessiva ao sol e como deve ser a proteção para a prevenção de doenças.
Segundo a dermatologista do Hospital Otorrinos Curitiba e membro da SBD, Dra. Priscila Schneider, nunca é demais lembrar os prejuízos que o excesso de sol pode causar, entre eles o câncer de pele.
“O câncer da pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 185 mil novos casos ao ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura”, comentou a especialista.
Melanoma, o câncer de pele mais agressivo
Há vários tipos de câncer de pele, entre eles os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. No entanto, o melanoma, que costuma ser o mais raro (cerca de 10% dos casos), é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
Em geral, ele tem a aparência de uma pinta, mas pode mudar de cor, tamanho e formato, e em alguns casos causar sangramento. Quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte.
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos
Se tem exposição, tem que ter proteção
A doutora Priscila deu algumas dicas para quem quer aproveitar o verão numa boa, sem danos à pele.
>> Use protetor solar todos os dias
O filtro solar deve ser usado durante todo o ano, independente da estação. No verão, ele é item mais que obrigatório. A recomendação é o uso de protetores com FPS igual ou maior que 50.
É importante aplicar o filtro no pescoço, braços e pernas, que são áreas que também ficam expostas ao sol. Outra dica é fazer a reaplicação a cada 2h.
>> Evite os horários críticos
Evite a exposição entre 9h e 16h, pois são os horários de maior intensidade de radiação que provoca o câncer.
>> Maior FPS, maior proteção
Quanto maior o FPS, maior a proteção contra a radiação UVB (que causa o câncer e queimaduras) e maior a proteção contra a radiação UVA (que causa manchas e o envelhecimento).
>> Em dias nublados, também use protetor solar
O sol emite três tipos de raios ultravioleta: UVC (que é barrado pela camada de ozônio), UVB (cuja maior incidência se dá entre 09h e 15h) e UVA (que tem 95% de toda a radiação UV).
Isso acontece mesmo nos dias nublados, já que as nuvens não conseguem filtrar os raios e a chance de queimar a pele no mormaço é igual ou maior do que em um dia de sol.
Por isso, em dias onde o sol não der o “ar da graça” do jeito que gostaríamos, use protetor solar.
>> Todos os tipos de pele
Pessoas de pele morena ou negra, apesar de terem uma resistência um pouco maior contra os raios solares, também precisam se proteger, pois também são suscetíveis a câncer de pele e problemas com manchas.
>> Acessórios para proteção
O uso de óculos, chapéus de abas largas, bonés e roupas especiais também são ótimas opções para auxiliar na proteção solar.
>> Atenção às crianças
Crianças menores de 6 meses não devem ser expostas ao sol. Se expostas, devem fazer uso do protetor solar físico (também conhecido como protetor solar mineral). Possuem uma composição mais suave, desenvolvidos especificamente para a pele infantil. Não utilize protetor de adulto em criança; opte sempre pela linha kids.
Lembrando que quanto maior a idade, maior a tendência a ter câncer de pele. Por isso, os cuidados devem começar desde a infância.
Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia