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Falta mão de obra para a alimentação fora do lar em Ponta Grossa

Apesar do crescimento das contratações em 2022, na cidade é difícil achar colaboradores

Em tempos de desemprego em alta, espera-se que encontrar alguém para preencher uma vaga seja fácil e rápido, porém essa não é a realidade do setor gastronômico de Ponta Grossa, onde os gestores reclamam da falta de mão de obra.

Nos grupos de whatsapp é comum ver reclamações. “Temos ciência desse problema e estamos buscando maneiras de reverter isso, proporcionando qualificação, principalmente, qualificação, e conversando com a agência do trabalhador”, pontua o presidente da Abrasel, Urubatan Sena.

A qualificação profissional citada pelo presidente são os cursos em parceria com a Prefeitura de Ponta Grossa e Senac-PR. Um deles, por exemplo, é “Técnicas de Serviços de Cozinha”.

Para o presidente, a qualificação facilita que pessoas de outros segmentos possam aprender uma área diferente e se reposicionar no mercado.

 

Dados do setor

O índice de desemprego medido pelo IBGE em novembro de 2022 foi o mais baixo desde fevereiro de 2015: 8,1%. No setor de alimentação fora do lar, foram criados em 12 meses cerca de 100 mil empregos. O setor representa 90% do subitem Alojamento e Alimentação medido pelo instituto.

Hoje bares e restaurantes ocupam, segundo a estatística oficial, cerca de de 5 milhões de pessoas. A renda média mensal no setor também cresceu, passando de R$1.687 para R$1.762, um aumento de 4,4% nos últimos 12 meses. A média do país é de R$ 2.787.

“O índice não reflete ainda as contratações de dezembro, mês que costuma ser aquecido em nosso setor. De todo modo, traz uma boa notícia. É preciso avançar em relação à renda do trabalhador de bares e restaurantes, que ainda é baixa em relação à média nacional, com mais de mil reais de defasagem” afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

O aumento da renda no setor, em termos percentuais, foi de 4,4% em 12 meses, abaixo do índice de inflação no mesmo período, que ficou em 5,9%. Reflexo dos tempos difíceis que pegaram em cheio o setor, com restrições e fechamentos em função da pandemia.

“No começo do ano passado tivemos o pico da variante ômicron, depois o movimento foi voltando aos poucos. Os bares e restaurantes sofreram também com a inflação, porque não conseguiam repassar os aumentos. E isso se refletiu nos salários do setor. Mesmo assim, houve aumento no ganho do trabalhador. A esperança é de que agora, com um cenário mais estável do ponto de vista econômico, esta diferença entre a remuneração no setor e a média do país vá diminuindo mais”, completa Solmucci.

 

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