Aumento de casos de chikungunya no Paraná reforça a importância de diagnósticos rápidos e precisos

De acordo com o boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), entre os boletins dos dias 28 de fevereiro e 14 de março, os casos de chikungunya no Paraná mais que dobraram: passaram de 14 para 38.

Atualmente, são 23 casos importados, 13 autóctones (que se originam na região onde são encontrados, onde se manifestam) e dois ainda permanecem em investigação quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones ocorreram em Pato Branco, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Matelândia e Umuarama.

O mosquito Aedes aegypti  é responsável pela transmissão do vírus chikungunya, que causa danos nas articulações e também pode infectar o sistema nervoso central, comprometendo as funções motoras da pessoa acometida. Ele também transmite os vírus dengue e zika. A dengue, nos casos mais graves, pode ocasionar choque circulatório, complicações viscerais, como hepatite e encefalite, entre outros problemas que, se não tratados a tempo, podem levar à morte. No caso da zika, uma das principais sequelas da doença ocorre na transmissão da doença da gestante para o feto. Nesses casos, a criança pode desenvolver lesões irreversíveis no cérebro que comprometem a formação do bebê. Uma das mais graves e conhecidas é a microcefalia.

Desde o início do período epidemiológico, em agosto de 2022, não houve confirmações de zika no Paraná. No entanto, no caso da dengue, segundo o informe da Sesa, o Paraná contabiliza mais de 63 mil notificações da doença e seis óbitos. Em relação ao último período pesquisado – entre 2022 e 2023 – houve um aumento de 12% no índice. No período anterior, o número era de 56.418

Arboviroses

Tanto a dengue, como a chikungunya e a zika também são conhecidas como “arboviroses”, que são doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes, principalmente, por mosquitos. Elas se originam de artrópodes encontrados na natureza, e disseminadas aos humanos por meio de picada de um animal vetor infectado. A modificação dos ecossistemas pela ação humana, como o desmatamento, crescimento populacional urbano desordenado e as mudanças climáticas favorecem o aparecimento das arboviroses nos centros urbanos.

Hoje, existem cerca de 545 espécies de arbovírus, das quais 150 causam doenças em humanos, que incluem dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Atualmente, a classificação é mais utilizada para se referir às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas pode se estender a meningites e encefalites virais transmitidas por alguns artrópodes.

Marta Fragoso, infectologista do Hospital VITA, explica que os exames recomendados para o diagnóstico de cada arbovirose são a PCR em tempo real e as sorologias específicas, além de outros exames complementares como hemograma com contagem de plaquetas, função hepática e renal. “Os exames laboratoriais são importantes porque evitam que essas doenças sejam confundidas com outras infecciosas que começam com febre, dor de cabeça e dores pelo corpo”, alerta.

“Controlar a proliferação dos mosquitos que transmitem o vírus de cada doença com eliminação dos ambientes favoráveis para o seu desenvolvimento bem como evitando a exposição a esses mosquitos com roupas adequadas e uso de repelentes”, complementa a infectologista.

A melhor forma de combater as arboviroses ainda é não deixar água parada em bacias, garrafas de vidro ou plástico, tonéis, pneus, etc; manter a lixeira sempre bem fechada e não jogar lixo em terrenos baldios; encher os pratinhos ou vasos de plantas com areia até a borda, entre outros fatores que favorecem a proliferação dos mosquitos.

A importância de diagnósticos rápidos e precisos para identificação das doenças

Ao contrário das doenças respiratórias, em que medidas individuais podem ser tomadas para evitar a proliferação do vírus e bactérias, como o uso de máscaras, por exemplo, no caso das arboviroses são necessárias ações públicas e coletivas capazes de auxiliar na eliminação dos criadouros dos vetores e no controle das espécies transmissoras. Os sintomas iniciais causados pelas arboviroses, como febre e dor no corpo, são bastante semelhantes e podem  ser confundidos com outras doenças e, por essa razão, diagnósticos precisos, rápidos e confiáveis são necessários para que a conduta médica para o tratamento seja a mais adequada possível.

Nesse cenário, o indicado é o uso de exames de biologia molecular focados na liberação rápida de resultados e na busca pela máxima assertividade no diagnóstico em poucas horas é um diferencial para a saúde do paciente. Laboratórios, como o ID8 – Inovação em Diagnóstico, são especializados nesse trabalho.

Pelos sintomas iniciais serem muito parecidos, o diagnóstico clínico pode não ser suficiente para distinguir entre uma doença e outra e, por isso, os testes moleculares trazem uma resposta rápida e de alta precisão para a diferenciação das arboviroses.

Rodrigo Chitolina, coordenador e responsável técnico do ID8 – Inovação em Diagnóstico, explica que, dentro do laboratório, são fornecidos diversos exames de biologia molecular, a PCR, por meio dos quais é possível detectar com precisão cada doença, diferenciando assim os sintomas: “Quando se avaliam apenas os sintomas de uma doença, pode haver pouca evidência para os médicos de fato saberem qual enfermidade devem tratar. Por esse motivo, a realização de exames é fundamental para orientar as medidas de contenção da transmissão patogênica, direcionar e auxiliar na prevenção de tratamentos inadequados. No que concerne ao diagnóstico das arboviroses, além de as sintomatologias iniciais poderem ser confundidas com outras doenças, entre as três arboviroses os sintomas também são muito similares. Para que possamos trazer mais assertividade a conduta médica, disponibilizamos no ID8 o exame Painel de Arboviroses, onde com uma única amostra, e em até 24 horas, é possível identificar se o paciente está acometido por dengue, zika ou chikungunya, ou até mesmo coinfectado por mais de um tipo de arbovírus”. O ID8 também tem capacidade para liberar os laudos dos exames moleculares em muito menos tempo, muitas vezes em horas, porque atua 24 horas por dia, todos os dias da semana. “O tempo e assertividade do diagnóstico molecular permitem um tratamento mais precoce e específico, que faz toda a diferença para a saúde do paciente”, completa.

Sobre o ID8 – Inovação em Diagnóstico

Um laboratório de apoio focado no diagnóstico molecular com entrega rápida, oferecendo resultados em poucas horas após o recebimento da amostra, com um fluxo de trabalho operacional os 7 dias da semana. Os serviços vão além do diagnóstico. Metodologias simples e ágeis que reduzem consideravelmente o tempo de entrega do resultado, possibilitando ao paciente a chance de um tratamento mais assertivo e direcionado. Saiba mais em: www.id8diagnostico.com.br.

Close-up of a mosquito on human skin