Presidente dos EUA é submetido a procedimento para remoção de carcinoma basocelular. Saiba mais sobre a doença

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou por um procedimento para a remoção de um carcinoma basocelular na pele do tórax. Segundo o jornal Dermatology Times, a lesão foi encontrada em um exame de rotina e removida no dia 16 de fevereiro.

 

Kevin O’Connor, médico de Biden, afirma que outros carcinomas já foram removidos do presidente antes do início do seu mandato e que os exames regulares de pele devem continuar como parte dos cuidados de rotina com a saúde.

 

O presidente já afirmou ter passado longos períodos expostos ao sol, sem proteção, ao longo de sua juventude. Segundo o dermatologista, Dr. Felipe Cerci, esta é a principal causa deste tipo de lesão. “Tanto os carcinomas basocelulares quanto os carcinomas espinocelulares têm a exposição aos raios ultravioletas como principal causa. É indispensável o uso de protetor solar, óculos escuros e chapéus como forma de proteção”, afirma.

 

O câncer de pele é o tipo mais comum da doença em todo o mundo e, no Brasil, representa 30% dos diagnósticos de tumores malignos, atingindo principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade e de pele clara, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

As principais formas de câncer de pele são o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo este o mais grave. O INCA estima que sejam diagnosticados, ao ano, 220.490 casos de câncer de pele não melanoma no país e 8.980 casos do tipo melanoma, totalizando 249.470 pessoas afetadas.
Apenas no Paraná estão previstos 610 casos de melanoma e 9.080 de não melanoma.

 

 

 

CARCINOMA BASOCELULAR – Cerci explica que é importante que seja feito o tratamento adequado, conforme indicado pelo dermatologista. “Apesar de muito raramente se espalhar, um carcinoma basocelular pode, com o passar dos anos, crescer e destruir o tecido local afetando a pele, músculo e até os tecidos mais profundos como a cartilagem nos casos mais avançados”, explica.

 

A doença é mais comum em áreas expostas ao sol, como rosto e costas, por exemplo. “O crescimento do câncer pode trazer prejuízos estéticos e funcionais, principalmente se o tumor estiver localizado em áreas consideradas nobres, como as orelhas, nariz, pálpebra e boca”, ressalta. “O tratamento varia conforme características do tumor e do paciente, que incluem a localização do carcinoma e o subtipo histológico (maneira como “se organiza microscopicamente”). Entre os possíveis tratamentos podemos citar remédios aplicados na forma de pomadas, curetagem (raspagem), cauterização e, principalmente, cirurgia – convencional ou micrográfica de Mohs”.

 

CIRURGIA MICROGRÁFICA DE MOHS – Esta técnica é indicada para o tratamento de carcinomas basocelulares e espinocelulares, principalmente quando acometem o rosto.

 

Felipe Cerci, dermatologista com enfoque em cirurgia de Mohs, ressalta que a técnica tem como vantagens: maiores taxas de cura e menores cicatrizes. “Na cirurgia de Mohs, temos a oportunidade de avaliar durante o procedimento 100% das margens da pele removida e checar no microscópio se elas estão realmente livres do tumor, o que faz com que a técnica tenha altas taxas de cura. Essa análise também nos permite remover apenas a quantidade necessária de pele, o que proporciona ao paciente um resultado estético, com cicatrizes geralmente pouco aparentes”, explica.

 

Por outro lado, na cirurgia convencional, essa análise das margens cirúrgicas ocorre dias depois e em fragmentos das margens apenas, o que torna necessário remover mais pele (aparentemente normal) ao redor do tumor (“margem de segurança”), muitas vezes sem necessidade.

 

PREVENÇÃO – A melhor forma de evitar a ocorrência de carcinomas é realizar a proteção adequada do sol. Confira quatro dicas do dermatologista:

1 – Utilize protetor solar de alta proteção em todas as regiões expostas.

2 – Não esqueça dos acessórios: óculos de sol é essencial para a proteção das pálpebras; e o chapéu ajuda a proteger a parte superior da face e as orelhas;

3 – Evite se expor ao sol entre 10h e 16h;

4 – Mantenha sempre a consulta de rotina com o seu médico dermatologista.

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