* Bruno Luis Simão
A pandemia da COVID-19 teve um grande impacto no ensino superior em todo o mundo. Com o fechamento de escolas e universidades, as instituições de ensino tiveram que se adaptar rapidamente para fornecer educação de forma remota. Agora, com a pandemia ainda em andamento, muitas instituições estão explorando modelos híbridos de ensino e aprendizagem. Neste artigo, vamos explorar como o ensino superior evoluiu durante a pandemia e discutir o que podemos esperar para o futuro.
Antes da pandemia, a maioria das instituições de ensino superior oferecia, principalmente ensino presencial, com algumas opções de ensino a distância (EAD) para complementar o aprendizado. No entanto, com o fechamento das escolas, muitas instituições tiveram que se adaptar para o ensino à distância, usando plataformas online para transmitir aulas e fornecer materiais de aprendizagem.
Embora a mudança para o EAD tenha sido desafiadora para muitos professores e alunos, também teve alguns benefícios. O EAD permite que os alunos estudem no seu próprio ritmo e em seu próprio horário, o que pode ser especialmente útil para aqueles que têm responsabilidades familiares ou trabalham em tempo integral. Além disso, a tecnologia pode fornecer recursos de aprendizagem multimídia, como vídeos e animações, que podem tornar o aprendizado mais envolvente e interessante.
No entanto, o EAD também apresenta alguns desafios. Para muitos alunos, a falta de interação pessoal com professores e colegas pode tornar o processo de aprendizagem menos envolvente, tornando mais difícil manter a motivação e o engajamento. Além disso, alguns alunos não possuem acesso à tecnologia ou à internet confiável, o que dificulta o aprendizado remoto.
O modelo híbrido também possui desafios, incluindo a necessidade de adaptar as salas de aula para atender às diretrizes de distanciamento social, a alocação de recursos para apoiar o ensino online e a necessidade de coordenar horários e disponibilidade de professores e alunos.
Além disso, a pandemia teve um impacto significativo nas finanças das instituições de ensino superior, com muitas enfrentando desafios financeiros sem precedentes. Muitas instituições tiveram que lidar com uma queda na receita de matrículas e com a necessidade de aumentar os gastos para apoiar o ensino online.
Em resumo, o perfil do ensino superior pós pandemia é caracterizado por maior flexibilidade, foco na tecnologia, abordagem centrada no aluno, ênfase em habilidades práticas e maior diversidade. Essas tendências devem continuar a moldar o ensino superior nos próximos anos e as instituições de ensino superior que adotarem essas mudanças provavelmente estarão melhor posicionadas para atender às necessidades dos alunos e se destacar no mercado educacional.
* Bruno Luis Simão é licenciado em Pedagogia, Normal Superior com Habilitação em Educação Infantil, Educação Física. Especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Inclusiva, Ludopedagogia, Psicomotricidade, Neuropsicopedagogia, e Formação Docente para EAD, e professor da Área de Educação, da Escola Superior de Educação, do Centro Universitário Internacional Uninter.