Consumo de medicamentos para emagrecer pode trazer prejuízos para a saúde em curto prazo

Consumo de medicamentos para emagrecer pode trazer prejuízos para a saúde em curto prazo
Crédito:Pixabay

A endocrinologista do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), Dra. Andressa Bornschein, fala sobre os riscos do consumo indiscriminado de medicamentos, sem orientação e acompanhamento médico

 No cenário atual é comum observar a busca pelo corpo perfeito, uma incansável luta contra o espelho fomentada ainda mais na última década pelo uso das redes sociais. Os brasileiros são os maiores consumidores de medicamentos para emagrecer na América Latina. De acordo com uma pesquisa da Nielsen Holding, o consumo no país representa 12% de toda região, enquanto apenas 4% das pessoas recorrem a esse método no Peru e Venezuela, por exemplo. A agência brasileira de vigilância sanitária – Anvisa – afirma que o alto consumo de remédios deste tipo no Brasil está associado à procura por tratamentos “milagrosos”. E qualquer ideia de solução fácil ou milagrosa pode causar grandes riscos à saúde.

A obesidade é uma doença provocada por vários fatores como hábitos de vida, genética, condições econômicas, contexto cultural, entre outros. Por isso, a orientação dos profissionais é ainda mais importante para que o uso de medicamentos não se torne apenas um paliativo e gere o efeito “sanfona”, que é quando o paciente engorda e emagrece muito ao longo da vida.

A endocrinologista do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), Dra. Andressa Bornschein, fala sobre os riscos do consumo indiscriminado de medicamentos, sem orientação e acompanhamento médico. “Qualquer tipo de medicação deve apenas ser usada de acordo com a prescrição médica. Os anorexígenos, medicação usada normalmente para tratamentos de obesidade mórbida, não podem ser usados indiscriminadamente. Os riscos potenciais da ingestão deste tipo de medicamento podem ser até fatais. Na quase totalidade dos casos, quem decide tomar por conta própria inibidores de apetite voltará a ganhar o peso que perdeu e mesmo assim estará arriscando a causa danos ainda maiores à saúde”, relata.

E o risco não está só relacionado ao consumo de medicamentos. Chás “emagrecedores”, laxantes e até mesmo sedativos são frequentemente usados para quem busca, desesperadamente, efeitos rápidos. “É importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Essa estratégia de uso, além de perigosa, não traz benefícios em longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso que o inicial. Nesse sentido, o mais correto seria uma mudança substancial do estilo de vida de cada um; apesar da facilidade e da promessa de resultados rápidos, os remédios para emagrecer trazem uma série de efeitos colaterais”, reforça a especialista.

A obesidade é também um problema de saúde pública que ocorre, principalmente, em decorrência da má alimentação e falta de atividade física. Além disso, é fator de risco para diferentes comorbidades, como diabetes mellitus II e problemas cardiovasculares. Estima-se que mais de 50% da população brasileira encontra-se em sobrepeso e obesidade, 55,7%, segundo o Ministério da Saúde.

A médica explica que apesar da existência dos medicamentos usados para emagrecer, alguns de livre acesso, deve-se ter o conhecimento também dos seus efeitos colaterais, por isso só se deve utilizar tais medicamentos em caso de obesidade, em que a saúde do paciente está comprometida pelo excesso de peso ou quando a adoção de uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos não mostrarem resultado na perda de peso. “Além disso, mesmo em tratamento medicamentoso para emagrecer é necessário ter uma alimentação balanceada e saudável, devendo ser usados por um período curto, para não provocar nenhum grau de dependência e com auxílio de profissionais qualificados”, completa. “Os medicamentos, quando indicados, contribuem de forma modesta e temporária para a perda de peso e nunca devem ser usados como única estratégica de tratamento. Vários destes medicamentos atuam no cérebro e podem provocar reações como nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, desidratação, boca seca, intestino preso, entre outros”, completa.

Sobre o Pilar Hospital

Localizado no bairro Bom Retiro, em Curitiba (PR), o Pilar é referência em procedimentos de alta complexidade com o seu moderno centro cirúrgico, que traz equipamentos de ponta. A infraestrutura inclui ainda uma Unidade de Atendimento 24 Horas para o acolhimento de qualquer tipo de urgência e emergência e um centro médico voltado para consultas. Um diferencial é o investimento constante em padrões rígidos de qualidade, que garantem o bom funcionamento de todos os processos hospitalares. A empresa possui o selo “Nível III – Acreditado com Excelência”, ponto máximo da certificação de qualidade hospitalar outorgada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) por meio de avaliação do Instituto de Planejamento e Pesquisa para a Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS). Mais informações no site https://www.hospitalpilar.com.br, ou pelas redes sociais do hospital, no FacebookInstagram e Youtube.

Sobre a Hospital Care

A Hospital Care é uma holding administradora de serviços da saúde. Criada em 2017, é a primeira companhia no Brasil a trabalhar com o modelo de gestão baseado nas ACO´s (Accountable Care Organizations) dos Estados Unidos, organizações responsáveis pelo cuidado e compartilhamento de risco com as operadoras. Este modelo integrado de gestão da saúde tem o objetivo de promover o equilíbrio de interesses entre pacientes, médicos, fontes pagadoras, parceiros e acionistas. Pertencente à gestora Crescera e aos fundos Santa Maria e Abaporu, a Hospital Care tem como estratégia de atuação a presença em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional, como Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis e Curitiba, fortalecendo todo o sistema de saúde do país.

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