Cuidados com a intensidade e a frequência no uso de fones pode ajudar a saúde auditiva

Cuidados com a intensidade e a frequência no uso de fones pode ajudar a saúde auditiva
fone de ouvido_pixabay

Quanto maior a intensidade do volume maior o risco de lesão auditiva

Os brasileiros estão cada vez mais hiperconectados. Segundo o IBGE, 155,2 milhões de brasileiros, com 10 anos ou mais, têm celular para uso pessoal. Conforme a entidade, o número representa 84,4% da população. Em 2022, a FGV realizou um levantamento comprovando que, há mais smartphones que habitantes, o que coloca o país em quinto lugar no mundo no consumo. Além disso, os brasileiros são os que passam maior tempo por dia no celular, cerca de 5,4 horas. Seja para estudar, trabalhar, se divertir, é preciso cuidar para os efeitos do uso em longo prazo, principalmente, dos fones de ouvido.

Esse alerta vem sendo feito por instituições e médicos já há algum tempo: fone de ouvido pode causar a perda auditiva. A Proteste, por exemplo, testou em 2021 seis modelos de fone wireless (sem fio) e constatou que a maioria é satisfatória. Mas o uso incorreto e prolongado do aparelho não é recomendado, principalmente, para crianças e adolescentes. “Quanto maior a intensidade do volume maior o risco de lesão auditiva”, explica a otorrinolaringologista do Pilar Centro Médico, em Curitiba (PR), Dra. Mariele Bonzan Lovato. Conforme a especialista, a partir de 80 dB (decibéis) o risco aumenta de forma exponencial. “A exposição a 90dB por 4 horas já pode causar prejuízos substanciais para a saúde auditiva. Um bom parâmetro que sempre explicamos para os pacientes é observar se, mesmo com o uso do fone de ouvido, eu consigo ouvir uma pessoa me chamando em voz normal, sem gritar ou levantar a voz. Caso não seja possível ouvir já estamos correndo o risco dessa intensidade sonora estar excessiva”, comenta.

Existe algum modelo de fone menos prejudicial?

Dra Mariele ressalta que o problema não são os aparelhos, mas, som, a intensidade sonora. Dos mais simples, aos mais sofisticados, o cuidado sempre é preciso. “Alguns modelos estilo concha (circumaurais) podem oferecer uma melhor qualidade de som e uma distância da membrana timpânica maior, o que ajuda a não manter o volume tão alto. Já aqueles modelos intra-auriculares eles ficam mais próximos da membrana, podendo causar maior pressão sonora e, em algumas pessoas causa até infecção do canal auditivo, isso porque a pressão na pele e a transpiração são duas combinações que ajudam, ainda, a causar outros problemas, como uma infecção”, diz.

Importante lembrar que os sons mais elevados podem causar perda auditiva até mesmo em graus irreversíve. “É por isso que na seara do trabalho os colaboradores precisam usar proteção auricular naqueles locais de ruídos acima dos seguros. Mas muitas pessoas escutam música, podcast, assistem vídeos com volumes ainda superiores a isso, e não notam que esse volume está acima do seguro. Dependendo dessa intensidade sonora e do tempo de exposição, quanto mais próximo da membrana do tímpano esse som estiver, maior será a intensidade e, portanto, risco maior de lesão auditiva”, destaca. A especialista orienta manter o acompanhamento médico em dia, fazer avaliações e exames de audiometria e procurar sempre diminuir o volume além de retirar os fones por alguns minutos periodicamente, para ventilação dos ouvidos e descanso, além de evitar o uso prolongado.

Uma revisão de 33 estudos sobre o tema do uso de fones de ouvido e perda auditiva foi realizada pela revista científica BMJ Global Health, com 20 mil participantes, comprova que mais de um bilhão de jovens no mundo, entre 12 e 34 anos, estão em risco de perda auditiva devido ao uso inadequado. “Precisamos ter parcimônia e cuidado com tudo. Um volume baixo, descanso, evitar o uso prolongado e buscar um equipamento que tenha controle de intensidade podem ajudar na prevenção”, completa.

Sobre o Pilar Hospital

Localizado no bairro Bom Retiro, em Curitiba (PR), o Pilar é referência em procedimentos de alta complexidade com o seu moderno centro cirúrgico, que traz equipamentos de ponta. A infraestrutura inclui ainda uma Unidade de Atendimento 24 Horas para o acolhimento de qualquer tipo de urgência e emergência e um centro médico voltado para consultas. Um diferencial é o investimento constante em padrões rígidos de qualidade, que garantem o bom funcionamento de todos os processos hospitalares. A empresa possui o selo “Nível III – Acreditado com Excelência”, ponto máximo da certificação de qualidade hospitalar outorgada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) por meio de avaliação do Instituto de Planejamento e Pesquisa para a Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS). Mais informações no site https://www.hospitalpilar.com.br, ou pelas redes sociais do hospital, no FacebookInstagram e Youtube.

Sobre a Hospital Care

A Hospital Care é uma holding administradora de serviços da saúde. Criada em 2017, é a primeira companhia no Brasil a trabalhar com o modelo de gestão baseado nas ACO´s (Accountable Care Organizations) dos Estados Unidos, organizações responsáveis pelo cuidado e compartilhamento de risco com as operadoras. Este modelo integrado de gestão da saúde tem o objetivo de promover o equilíbrio de interesses entre pacientes, médicos, fontes pagadoras, parceiros e acionistas. Pertencente à gestora Crescera e aos fundos Santa Maria e Abaporu, a Hospital Care tem como estratégia de atuação a presença em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional, como Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis e Curitiba, fortalecendo todo o sistema de saúde do país.

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