O glioblastoma multiforme é um tumor cerebral agressivo e letal. Pertence ao subgrupo dos gliomas: tumores cerebrais que se originam das células da glia, presentes no tecido normal do sistema nervoso central e que dão suporte estrutural e bioquímico à rede neuronal do cérebro. A prevalência do glioblastoma multiforme é de 1 caso em cada 100 mil pessoas. Estima-se que mais de 70% dos casos acometam pessoas entre 45 a 70 anos. Homens têm maior probabilidade de desenvolver a doença do que as mulheres.
Características e sintomas
O glioblastoma multiforme ou glioma de grau IV, apesar de ser um tumor raro e esporádico, é o mais comum entre os cânceres cerebrais. “Ele tem uma grande capacidade de se infiltrar no tecido cerebral e ir crescendo, provocando alguns sintomas como dor de cabeça, convulsões e vômitos, alterações visuais e na fala, entre outros”, aponta Samuel Dobrowolski, neurocirurgião do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP.
Como se faz o diagnóstico?
Para identificação e localização do tumor de glioblastoma multiforme ou glioma de grau IV são utilizadas técnicas de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada (TC). Depois disso, deverá ser feita uma biópsia cerebral ou mesmo a cirurgia (exérese). O exame anatomopatológico confirmará ou não se é um glioblastoma multiforme.
O exame anatomopatológico consiste na análise de tecido retirado do indivíduo para fins diagnósticos.
Tratamento
. Cirurgia – para remover o máximo possível do tumor;
. Radioterapia;
. Quimioterapia.
Os casos são analisados individualmente levando em consideração a condição clínica do paciente, tamanho e localização do tumor. Como é um tumor agressivo e tem um rápido crescimento, as chances de cura são raras. Em geral, a sobrevida de um paciente é de 15 meses.
Para alívio dos sintomas da doença provocada pelo glioblastoma multiforme ou glioma de grau IV podem ser usados corticosteroides ou anticonvulsivantes.