Vacina HPV nonavalente chega em Curitiba e reduz o risco de câncer de colo de útero

Vacina HPV nonavalente chega em Curitiba e reduz o risco de câncer de colo de útero
crédito:Adobestoke

Novo imunizante protege contra 90% dos tipos de câncer de colo de útero

A nova vacina HPV nonavalente chegou no Frischmann Aisengart, marca de medicina diagnósticos da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, para trazer ainda mais proteção para homens e mulheres. O imunizante protege contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18, presentes na vacina já comercializada, e imuniza também contra cinco outros sorotipos — 31, 33, 45, 52 e 58.

A novidade vai acrescentar ainda mais proteção contra uma série de tipos de câncer de colo de útero, já que entre 95% e 99% deles estão relacionados ao papilomavírus humano, o HPV. “Com a vacina comum (quadrivalente), a pessoa se protege contra 70% dos cânceres de colo uterino. Com a nonavalente, ela estará protegida contra 90% deles”, esclarece a Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista da Dasa.

Adultos que não tenham tomado a vacina podem se imunizar mesmo que já tenham tido uma infecção por HPV, afinal, ainda estão suscetíveis a tipos diferentes daquele que contraíram. Já quem tomou a vacina comum, pode completar o esquema e aguardar 12 meses da última dose para poder iniciar o esquema com a HPV 9, que também deve ser completo com o número de doses referentes a cada idade. Outra possibilidade é migrar do esquema da HPV quadrivalente para o da HPV nonavalente na época em que a próxima dose de vacina estava programada, e nessa data iniciar o esquema completo da HPV nonavalente.

A pessoa que completa o esquema vacinal contra o HPV está protegida contra verrugas genitais, que são causadas pelos sorotipos 6 e 11, como também contra câncer de colo uterino, de pênis e de ânus, causados pelos sorotipos 16 e 18.

Considerado o terceiro tipo de câncer que mais acomete as mulheres, a estimativa é que para o ano de 2023 surjam 17.010 casos novos de câncer de colo de útero, o que representa um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença é causada pela infecção persistente por alguns tipos do HPV, conhecidos como “tipos oncogênicos”.

De fácil contágio, o HPV pode ser transmitido não somente pela atividade sexual sem preservativo, mas também pela manipulação dos órgãos sexuais e de outras partes do corpo contaminadas. Geralmente, o tempo de permanência do HPV depende da imunidade de cada pessoa.

De acordo com o Dr. Jaime Kulak, ginecologista do Frischmann Aisengart, “a maioria dos tipos de HPV não vai levar ao câncer, por mais que o vírus seja precursor da doença. Por outro lado, é importante considerar que os tipos 16 e 18 de HPV são apontados como responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero detectados em todo o mundo, além de também serem indicadores de alterações no trato anogenital, (exemplo: câncer anal — 2 a 4%). Por isso, a importância do acompanhamento médico e da vacinação, seja na infância, adolescência ou durante a fase adulta. E é importante que a vacinação ocorra de preferência antes da atividade sexual, mas em todas as fases têm indicação e benefícios”, explica o especialista.

Por esses motivos, “quanto mais cedo a pessoa tomar a vacina, maior a chance de ela se proteger contra todos os sorotipos presentes no imunizante. Crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, por exemplo, respondem adequadamente somente a duas doses de vacina com 6 meses de intervalo. Já quem não tomou a vacina até os 15 anos de idade, precisa tomar três doses entre 15 e 45 anos de idade– a segunda dose com um ou dois meses de intervalo da primeira, e a terceira dose com 6 meses de intervalo da primeira”, orienta a Dra. Maria Isabel.

É importante lembrar que a vacina comum para HPV está disponível também no Sistema Único de Saúde, mas está restrita para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Homens e mulheres com condições de imunossupressão como pessoas que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos podem também se vacinar no SUS entre 9 e 45 anos.

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