Exames moleculares entregam resultados mais rápidos e certeiros, possibilitando um melhor tratamento e diminuindo as chances de sequelas
O Paraná é o segundo estado que mais registrou casos de meningite desde 1975, que é o ano em que o DataSus começou a armazenar dados da doença no país. São 25.076 notificações registradas, ficando apenas atrás de São Paulo, com 113.070. Em 2023, o estado já notificou 160 casos, sendo o tipo viral o mais recorrente (64), segundo a Secretária de Saúde do Paraná (SESA).
A meningite é uma doença em que se registra um processo inflamatório das meninges, que são as membranas que revestem o cérebro. Além de ser grave, a doença é contagiosa e pode ser transmitida por meio de secreções ou compartilhamento de itens pessoais. Existem alguns tipos de meningite, entre elas a meningite viral, meningite tuberculosa, meningite não especificada (quando não é possível definir se ela é bacteriana ou viral), meningite por outras bactérias, meningite de outra etiologia, meningite por Hemófilo, meningite por Pneumococos e doença meningocócica.
Algumas épocas do ano favorecem a transmissão de um tipo da doença, por exemplo, o outono e o inverno, que facilitam a propagação da meningite bacteriana, pois ela é passada de pessoa para pessoa por vias respiratórias, e nestas épocas do ano, as aglomerações tendem a ser maiores. Já a viral, apesar de também ocorrer em épocas frias, é mais comum na primavera e verão, pois se transmite com maior facilidade pela via oral-fecal.
Aumento no número de casos está relacionado a baixa vacinação
Existem algumas formas de se proteger da doença, e a vacinação é uma das principais aliadas no combate à meningite. “A vacina é a forma mais eficaz e segura para evitar quadros mais graves com óbitos ou sequelas, como amputações, surdez ou cicatrizes intensas”, explica a Dra. Marta Fragoso, infectologista do Hospital VITA.
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece quatro vacinas, que são a pneumocócica 10-valente (conjugada); pentavalente, vacina meningocócica C (conjugada) e a ACWY e devem ser aplicadas em crianças de até seis meses. Mesmo com a distribuição de forma gratuita, os números de imunização estão abaixo do esperado, e o aumento nos casos e mortes decorrentes da doença podem estar diretamente relacionados à baixa cobertura vacinal.
Em 2015, o Paraná registrou uma cobertura vacinal com os imunizantes que protegem da doença, de 98%, mas com o passar dos anos, os números foram diminuindo, e em 2021 não passou dos 80%. Neste ano, o percentual de pessoas vacinadas é de 54%, um número bem menor que o ideal, que é de 90%.
“O aumento de casos de meningite nos últimos três anos está relacionado a baixa cobertura vacinal, estratégia esta que, segundo a OMS, tem o potencial de salvar mais de 200 mil vidas todos os anos. Ter a doença circulando novamente é um retrocesso. Falta a conscientização e, consequentemente, a adesão da população ao esquema vacinal. A disseminação de fake news e movimentos contrários à vacinação também têm atrapalhado nos últimos anos”, destaca a infectologista.
Outra forma de se proteger da meningite, é evitar o compartilhamento de itens como talheres, copos, toalhas; higienizar as mãos com água e sabão, ou álcool em gel. Ou ainda, em caso de suspeita da doença ou outras síndromes respiratórias, utilize máscara, mantenha-se distante de outras pessoas e cubra a boca e nariz ao tossir ou espirrar.
Diagnóstico precoce e certeiro pode evitar sequelas e maiores complicações
A meningite pode ser confundida com outras doenças, como a gripe, por conta de seus principais sintomas, que são a febre, dor de cabeça, dores locais em costas ou pescoço, calafrios, náuseas e em alguns casos até manchas vermelhas. A melhor forma de identificar a patologia e realizar o tratamento certeiro, é o diagnóstico precoce.
O ID8 – Inovação em Diagnóstico é um laboratório de Curitiba (PR), que realiza exames de biologia molecular. Um dos exames realizados no laboratório é o Painel Meningite Viral, que detecta até seis patógenos causadores da doença, entre eles os vírus da caxumba, varicela e herpes. Outro exame é o Painel Meningite Bacteriana que identifica as três principais bactérias causadoras da meningite bacteriana.
“Um diagnóstico ágil e preciso é essencial para o melhor prognóstico da doença, uma vez que o resultado do exame é de extrema importância para auxiliar o médico na escolha da conduta terapêutica mais adequada para cada paciente”, explica Dra. Patricia Domingues, Assessora Científica do ID8 – Inovação em Diagnóstico.
A biologia molecular facilita a identificação do patógeno e diminui as chances do paciente ter sequelas, que oriundas da meningite podem ser a surdez, dificuldade de desenvolvimento – no caso de crianças -, comprometimento cerebral, entre outros. “A suspeita clínica e o diagnóstico devem ser rápidos para iniciar o tratamento com antibiótico, em função de que a meningite meningocócica, a mais comum, é muito grave e pode deixar sequelas ou levar a óbito”, alerta Dra. Marta.
As amostras para o Painel Meningite Viral, podem ser líquor, sangue total, swab de garganta e fezes. Já para o Painel Meningite Bacteriana é aceita a amostra de líquor. Com a coleta realizada, entra o diferencial do ID8, que é a liberação dos resultados em até 24 horas. Com o diagnóstico exato, o tratamento passado pela equipe médica tende a ser mais eficaz, evitando possíveis complicações e sequelas.
Sobre o ID8 – Inovação em Diagnóstico
Um laboratório de apoio focado no diagnóstico molecular com entrega rápida, oferecendo resultados em poucas horas após o recebimento da amostra, com um fluxo de trabalho operacional os 7 dias da semana. Os serviços vão além do diagnóstico. Metodologias simples e ágeis que reduzem consideravelmente o tempo de entrega do resultado, possibilitando ao paciente a chance de um tratamento mais assertivo e direcionado. Saiba mais em: www.id8diagnostico.com.br.