Com direção de Beto Bruel e texto inédito de Manoel Carlos Karam, o espetáculo fica em cartaz de quarta a domingo no Teatro José Maria Santos entre os dias 17 de maio e 04 de junho
A partir do dia 17 de maio, o público curitibano pode ver — ou rever — a primeira peça dirigida pelo consagrado iluminador Beto Bruel. Isso porque “Ovos não têm janela” retorna aos palcos da cidade depois do sucesso e lotação na estreia durante o Festival de Curitiba 2023. A temporada segue até o dia 04 de junho, no Teatro José Maria Santos, com apresentações de quarta a sexta, às 20h, sábado às 17h e 20h, e aos domingos, às 19h. A entrada é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes no local.
“Ovos não têm janela” é uma comédia experimental que flerta com o teatro do absurdo e se propõe a ser mutável e única para cada espectador. Com texto inédito de Manoel Carlos Karam e direção do premiado iluminador teatral Beto Bruel, a montagem realizada pela Prego Torto conta com os atores e atrizes Gabriel Gorosito, Guenia Lemos, Moa Leal, Renata Bruel e Sidy Correa em cena.
A trama acontece em uma sala de espera, onde um recepcionista lida com quatro pessoas que esperam para serem atendidas por um doutor. O texto, tão surreal quanto provocativo, se utiliza de situações cotidianas que se desenrolam em um emaranhado de acontecimentos atípicos. O público pode esperar uma experiência teatral tanto divertida quanto reflexiva.
Além de se tratar de um texto inédito do escritor, dramaturgo e jornalista Manoel Carlos Karam (1947 – 2007), o espetáculo é dirigido por Beto Bruel, iluminador de teatro há mais cinco décadas, que pela primeira vez aceitou o convite para trabalhar na função de diretor. Coincidentemente, o reencontro de Beto com a obra do Karam acontece no ano em que o Teatro Margem, companhia paranaense que aproximou os dois ainda na década de 70, celebraria 50 anos de fundação.
O iluminador e agora diretor teatral comenta esse encontro. “O Karam foi fundamental na minha formação como profissional, foi com ele que eu aprendi tudo o que eu sei do fazer teatral e do respeito ao palco. É uma coincidência muito boa comemorar os 50 anos do Teatro Margem e ainda por cima com uma obra inédita do Karam, que inclusive foi meu padrinho de casamento”, revela Beto.
Ele conta sobre a experiência de estrear nacionalmente no Festival de Curitiba com sua primeira direção e revela se tem planos de dirigir uma peça novamente. “O processo todo até aqui está sendo bacana, muito por conta da equipe que entendeu e abraçou a minha proposta. O teatro do absurdo é difícil de encenar, mas conseguimos chegar num resultado legal para o público. A experiência de diretor foi interessante e boa pra mim, mas acho que foi uma vez só, minha função é pensar a luz”, declara Beto Bruel.
O ator Moa Leal, que idealizou o espetáculo ao lado de Guenia Lemos e Gabriel Gorosito, também relata a experiência do reencontro com a obra do Karam. “Meu primeiro contato com a obra do Karam foi em 2014, com um texto inédito do livro ‘Meia dúzia de criaturas gritando no palco’. Desde então, atuei, dirigi e produzi outras peças dele, inclusive ‘Duas Criaturas Gritando no Palco’ e ‘Ovos não têm janela’, ambas dramaturgias inéditas do mesmo livro”, diz. “O que me chama a atenção nas obras dele é esse jogo de palavras, quase que uma ‘verborragia’, mas ao mesmo tempo muito pé no chão“, finaliza o artista.
O projeto foi realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Sobre Beto Bruel
Luiz Roberto Bruel nasceu em 1950, na cidade da Lapa, Paraná. Iniciou sua carreira de iluminador em 1971, no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. Em 1973, no Teatro de Bolso, passou a integrar o Grupo Margem de Teatro Experimental, dirigido por Manoel Carlos Karam. Seu primeiro trabalho profissional foi com o Grupo Momento, na peça “MARAT SADE”, sob a direção de Oraci Gemba. Coleciona, dentre outras premiações, cinco Prêmios Shell, 23 troféus Gralha Azul, uma medalha de ouro no World Stage Design e cinco troféus Poty Lazzarotto. Atualmente, é membro da OISTAT (International Organisation of Scenographers Theatre Architects and Technicians).
Sobre Manoel Carlos Karam
Foi escritor, dramaturgo e jornalista. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 70 e a partir dos anos 80 passou a dedicar-se aos livros, vencendo o Prêmio Cruz e Souza de Literatura da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra “Cebola”. Criador do irrequieto, produtivo e criativo “Teatro Margem”, marcou época na década de 70 em Curitiba por seu experimentalismo e postura política de resistência. A genialidade do autor nos coloca nesse circuito neurótico que é a nossa existência, nunca nos mostrando tudo de bandeja, mas nos fazendo viajar através de nós mesmos para então descobrirmos, sozinho e independente da opinião do outro, o real significado do que é dito.
SERVIÇO
“Ovos não têm janela”
17 de maio a 04 de junho
Quarta a sexta, às 20h | sábado, às 17h e 20h | domingo, às 19h
Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655 – São Francisco, Curitiba)
Entrada gratuita com distribuição de ingressos uma hora antes
Duração: 70 minutos. Classificação: 12 anos
Comédia experimental
Mais informações:
www.instagram.com/
FICHA TÉCNICA
Texto: Manoel Carlos Karam
Direção: Beto Bruel
Assistência de direção: Maíra Lour
Elenco: Gabriel Gorosito, Guenia Lemos, Moa Leal, Renata Bruel e Sidy Correa
Elenco Stand-In: Mazé Portugal e Marcelo Rodrigues
Direção de produção: Gilmar Kaminski
Assistência de produção: Záire Osório
Sonoplastia: Bruno Karam
Cenografia: Guenia Lemos e Ana Kummer
Iluminação: Lucas Amado e Anry Aider
Figurinos: Gui Almeida
Ilustração: Solda
Design gráfico: Pablito Kucarz
Assessoria de imprensa e redes sociais: Platea Comunicação e Arte
Incentivo: Uninter
Produção: Flutua Produções
Realização: Prego Torto
“Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba”.