Empresários de Curitiba participam de evento sobre como economizar energia no mercado livre

Empresários de Curitiba participam de evento sobre como economizar energia no mercado livre
Empresários tiram dúvidas sobre o mercado livre de energia (2)

Em iniciativa promovida pela Fiep, Copel explica os ganhos com flexibilidade e previsibilidade da contratação livre, que pode gerar economia de até 30%

Empresários de Curitiba tiraram suas dúvidas e receberam orientações sobre as possibilidades da expansão do mercado livre de energia que acontece a partir de 2024, em evento realizado nesta terça, dia 13, na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A equipe de comercialização de energia da Copel Mercado Livre, subsidiária do grupo paranaense, fez uma apresentação sobre o ambiente de contratação livre, modelo em que a energia é adquirida sob demanda e que proporciona descontos e maior previsibilidade nos gastos. A iniciativa integra uma série de reuniões que serão realizadas em todo o Paraná ao longo dos próximos meses para disseminar informações sobre o assunto.

Durante o evento, especialistas da Copel Mercado Livre explicaram aos participantes sobre a expansão desse mercado. Atualmente, essa forma de contratação é limitada aos clientes com demanda mínima de 500 quilovolts (kW), o que na prática engloba grandes empresas. A partir de 2024, contudo, essa limitação deixará de existir e todos os consumidores que são atendidos em alta tensão poderão participar do ambiente de contratação livre. “Com a abertura do mercado, 12.800 unidades consumidoras do Paraná poderão migrar para o mercado livre”, destacou Antônio Lemes de Proença Júnior, analista de comercialização da Copel.

Empresários de Curitiba participam de evento sobre como economizar energia no mercado livre
Empresários tiram dúvidas sobre o mercado livre de energia (4)

Essa ampliação deverá beneficiar, principalmente, pequenas e médias empresas, como mercados, padarias, açougues e outros negócios que hoje ainda são atendidos no ambiente de contratação regulada, ou seja, precisam necessariamente comprar energia da distribuidora detentora da concessão federal, como acontece com a maioria dos clientes. Em sua fala aos empresários, Proença ressaltou o benefício que a migração para o mercado livre de energia pode proporcionar aos clientes empresariais.

“O ganho com o mercado livre acontece quando o cliente tem a oportunidade de comprar energia mais barata do que compra atualmente no mercado regulado, da distribuidora”, explicou. Na prática, a migração possibilita economia de até 30% em comparação com o modelo atual. Além disso, é possível planejar o gasto com energia de forma antecipada, uma vez que o cliente vai comprar somente o volume que precisa e ainda pode negociar preço, prazos e sazonalidade.

A vantagem da migração é corroborada pelos números atuais. Das 3,2 mil unidades consumidoras industriais no Paraná que já podem participar do mercado livre, cerca de 2,8 mil já migraram, o que representa 90% do total.

João Acyr Bonat, superintendente de Compra e Venda de Energia da Copel Mercado Livre, explica que, com a mudança, as empresas têm liberdade para escolher o fornecedor, o que leva a um ganho de competitividade, mas também é preciso estar atento na hora de fechar contrato com o comercializador. “Existem mais de 500 empresas comercializadoras no país, por isso é muito importante a análise da contraparte, verificar com quem você está fechando negócio. A segurança de que quem vai te fornecer energia elétrica tem lastro para isso é muito importante como garantia futura”, afirmou.

FORMAS DE ACESSO – O evento também contou com a participação de Gustavo Scrignoli, especialista regulatório e de regras de comercialização na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ele explicou o funcionamento do mercado livre de energia e destacou que existem duas formas de acesso ao ambiente de contratação livre. “Para você operar na CCEE, não é algo simples. Além das questões de mercado, há os riscos operacionais”, afirmou, ao ressaltar que os preços variam no curto prazo e que a contratação pode proteger o consumidor dessas variações.

Já o novo modelo, que entra em vigor a partir de 2024, é o varejista, mais simples. Nesse modelo, “o consumidor é totalmente assegurado pela comercializadora, que vai protegê-lo de variações no consumo, de riscos do mercado, de encargos. Toda a burocracia que existe para operar no mercado de energia vai ser assumida pela comercializadora, e não pelo consumidor varejista”, explicou.

INTERESSE DOS EMPRESÁRIOS – As apresentações suscitaram o interesse dos empresários presentes, que fizeram várias perguntas sobre como realizar a migração. Para Ricardo Baena, diretor de uma empresa do ramo agrícola, o acesso à informação é essencial para os consumidores. Ele disse que apesar de não ser algo novo, “muitas empresas têm poucas informações sobre o mercado livre de energia. Depois de um boom, alguns anos atrás, com várias migrações, a gente acabou tendo um déficit de informação”, afirmou. Para ele, as orientações proporcionadas pelo evento “deixaram bastante claro como funciona a migração para o mercado livre de energia”.

Luiz Renato Hey Schmidt, empresário da área de embalagens, já havia feito uma pesquisa sobre o assunto com o interesse de aderir ao mercado livre, e destacou que o evento ampliou a noção das possibilidades. “O evento ajudou para podermos conhecer algumas pessoas pessoalmente, e principalmente para a gente ter uma visão geral, mais abrangente, do mercado livre como um todo”, disse.

EVENTOS PELO PARANÁ – Desde o início de junho, o Conselho Temático de Energia da Fiep promove uma série de eventos sobre o mercado livre de energia. Eles estão sendo organizados nas Casas da Indústrias espalhadas pelo estado para mostrar aos empresários como economizar por meio do mercado livre de energia, o que fazer para ingressar nesta modalidade e os benefícios que podem ser obtidos no curto, médio e longo prazos.

João Artur Mohr, gerente de assuntos estratégicos da Fiep, ressaltou a importância dos eventos para os empresários. “Energia é fundamental. Para algumas indústrias, pode representar até 10% do seu custo. Então, trazer informações como a Copel está trazendo, de acesso a esse novo mercado livre, é fundamental, é uma oportunidade muito grande para os empresários saberem como ter uma redução expressiva do seu custo com energia”, afirmou.

Confira a agenda dos próximos eventos:

10/7 – Maringá

11/7 – Londrina

12/7 – Arapongas

13/7 – Apucarana

8/8 – Cascavel

9/8 – Francisco Beltrão

10/8 – Pato Branco

Guarapuava – data a ser definida

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