Tudo o que você queria saber sobre prostatectomia e tinha vergonha de perguntar

Chama-se prostatectomia a cirurgia que visa a retirada da próstata, procedimento usado para o tratamento do câncer de próstata, classificado como o segundo tipo mais comum na população masculina, ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA. Com diagnóstico precoce é possível se chegar a uma taxa de cura de 90%. Vale salientar que o acompanhamento médico deve ser feito a partir dos 50 anos para homens que não tenham fatores de risco associados e 45 anos para homens negros.

O urologista e uro-oncologista Dr. Leonardo Welter explica que prostatectomia radical é a retirada total da próstata, vesículas seminais e ductos deferentes, que são dois tubos, que ligam os epidídimos às vesículas seminais. “A partir do diagnóstico da doença, é preciso determinar se o tipo de câncer é localizado, ou seja, apenas na próstata, localmente avançado, quando está na região da próstata ou metastático, no caso, já houve metástases e se espalhou para outras partes do corpo. A prostatectomia radical é utilizada como tratamento isolado ou em conjunto com a hormonioterapia e a radioterapia.”

Como é realizada a cirurgia?

A cirurgia é realizada com anestesia geral e tem duração aproximada de duas horas. Como é comum em cirurgias desse porte, é necessário que o paciente faça jejum de pelo menos oito horas. Existem dois tipos de cirurgia: a tradicional, feita com uma incisão que vai do umbigo até o púbis; e a robótica, feita com o auxílio de um robô, chamado Da Vince, e uma câmera 3D. A cirurgia robótica não tem cobertura pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

“A opção pela realização da cirurgia tradicional vai requer um maior tempo de recuperação. Se não houver fator complicador, como transfusão de sangue, UTI, o paciente poderá receber a alta após 4 ou 5 dias. Além disso, após a alta, é importante o paciente seguir um período de repouso. Na cirurgia robótica, a recuperação é mais simples e, em muitos casos, alta do paciente é no dia seguinte”, expõe.

Vida depois da cirurgia

A maioria dos pacientes consegue ter o que chamamos de vida normal após a cirurgia. No entanto, pode haver complicações, por que, afinal, é uma cirurgia. A cirurgia robótica traz como vantagem o fato de minimizar os riscos. As principais complicações da prostatectomia são a disfunção erétil, ou seja, pequena perda de ereção ou completa, que pode ser tratada como o uso de medicamentos, injeções no pênis ou, ainda, o uso de prótese peniana, e a incontinência urinária, perda involuntária da urina pela uretra. Como tratamento, fisioterapia do assoalho pélvico, que tem como objetivo fortalecer os músculos da região genital.

“É importante lembrar que cada paciente pode responder de uma forma diferente à cirurgia, por esse motivo é fundamental conversar com o médico que acompanha o tratamento para saber o que se pode esperar para a vida após a prostectomia”, ressalta Dr. Leonardo Welter.

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