Representando quase 30% dos casos de câncer no sexo masculino, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o tipo mais frequente nos homens. Dados alarmantes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que um homem morre a cada 38 minutos em decorrência desse tipo de neoplasia. Estudos indicam que 1 em cada 7 homens terão a doença, por esse motivo é fundamental quebrar os tabus e reforçar a importância dos exames para o diagnóstico do câncer de próstata.
O urologista e uro-oncologista Leonardo Welter explica que o câncer de próstata normalmente tem um desenvolvimento de forma lenta e assintomática, especialmente nas fases iniciais. “Como é um tumor que demora a apresentar sintomas, a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz da doença, mantendo o máximo de qualidade de vida possível para o paciente.”
A Sociedade Brasileira de Urologia orienta que, a partir dos 50 anos, os homens devem procurar um profissional especializado para a prevenção do câncer de próstata. Recomenda-se que os homens realizem exames de rotina, como o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal. A idade é o principal fator de risco. Aproximadamente 75% dos tumores de próstata são detectados em pacientes com 65 anos ou mais, porém existem casos onde a doença é diagnosticada em indivíduos mais jovens. A genética também influência no risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. Homens com história familiar de câncer de próstata (pai, avô ou irmãos) têm ao menos duas vezes mais chances de serem acometidos pela doença.
O câncer de próstata pode ser dividido em três grupos: Baixo Risco, Risco Intermediário e Alto Risco. Os tumores de baixo risco são considerados indolentes e podem ser acompanhados periodicamente. Já os tumores de risco intermediário e alto são muitas vezes tratados com cirurgia ou radioterapia. Já o tratamento da doença avançada é baseado no bloqueio da testosterona ou bloqueio hormonal.
Cirurgia robótica é menos invasiva
Apesar de toda a cirurgia oferecer riscos, a cirurgia robótica conquista cada vez mais pacientes por minimizar alguns desses riscos quando comparada com a cirurgia convencional. Entre eles: o tamanho do corte, tempo de internação e administração medicamentosa. “A cirurgia robótica permite ao cirurgião realizar procedimentos com maior destreza e maior detalhe por meio de pinças acopladas aos braços de um robô. O robô é completamente controlado pelo médico cirurgião. Além das cicatrizes em tamanhos menores, o tempo de internação também é curto, levando em média, de dois a três dias a menos do que uma cirurgia comum. Com isso, também caem o risco de infecção e da ingestão de muitos medicamentos”, salienta o médico.