Dia dos Avós: risco de quedas em idosos

Dia dos Avós: risco de quedas em idosos
Vovó Eloisa

Conheça as principais causas e como prevenir 

Anualmente, o Dia dos Avós é comemorado em 26 de julho. Uma data em homenagem ao dia de São Joaquim e Santa Ana, os avós de Jesus. É uma comemoração de origem portuguesa e, o principal objetivo, é homenagear e agradecer o amor, carinho, cuidados e consideração dos avós com os netos.

Com a idade e envelhecimento natural do ser humano, algumas doenças e perigos acometem a vida dos nossos avós e idosos. Um dos perigos mais comuns são os riscos de quedas. “As quedas da própria altura ou de alturas convencionais, normalmente são muito mais graves nos pacientes idosos. Estudos apontam que, anualmente,  cerca de 30 a 40% dos idosos que vivem em comunidade vão sofrer algum tipo de queda.” afirma o Dr. Guilherme Rossoni, neurocirurgião e especialista no tratamento de doenças da coluna e dor crônica.

Dona Eloisa Bustos Urosas , avó e bisavó, nasceu em Madrid, Espanha, e veio morar ao Brasil aos 19 anos, em 16 de abril de 1954, junto com seus pais, irmão e futuro marido (na época, eram apenas bons amigos).

A veterana que nasceu em 1935, está com 88 anos e sofre com alguns problemas de saúde. Mesmo nas dificuldades, nunca deixou de lutar em cada etapa. Tem problema hereditário igual a sua matriarca, de artrose nos joelhos, doença essa que já a deixava com dificuldades em andar, sempre usando uma bengala para auxílio.

“Nesses pacientes também é muito comum eles apresentarem artrose, fragilidade no quadril, alterações posturais no equilíbrio. Alguns evoluem com doenças neurológicas, ainda que mínimas, de derrame cerebral (AVC), doença de Parkinson, doenças mais raras como esclerose múltipla, Alzheimer, são pacientes que tendem a ter uma disfunção urinária – da bexiga, que fazem usos frequentes de vários medicamentos, que chamamos de polifarmácia, quanto maior o número de remédios, a interação desses medicamentos, podem causar vários efeitos colaterais que podem promover queda de pressão, prejuízo da força, coordenação motora, equilíbrio. Além, claro, do paciente idosos também desenvolver a redução da qualidade visual por cataratas ou alterações de cristalino da retina, pacientes que costumam evoluir com perda da audição, que pode prejudicar a noção de equilíbrio espacial. Ou outras doenças mais avançadas, como câncer que atinge os ossos e causa dor ou fratura espontânea. Então, essa série de fatores que citei, são fatores relacionados ao idoso, ao ato de envelhecimento e confere maior risco de desenvolver quedas e trazem maiores complicações comparados aos pacientes mais jovens.” relata o neurocirurgião.

Em 2020, dona Eloisa sofreu uma queda dentro de casa ao colocar roupas para lavar. Quebrou o fêmur e passou por uma minuciosa cirurgia. Obteve muita força de vontade em melhorar e ficar bem, pois a chance de um idoso falecer em fase de recuperação após problemas como esses, são grandes. Em 2022, descobriu um câncer no intestino. Fez sessões de radioterapia e ainda está em fase de tratamento com quimioterapia e uso de bolsa de colostomia. Em 2023, seu esposo, Adolfo, aos 88 anos, faleceu em decorrência da recuperação de uma mesma queda que dona Eloisa teve. Fez cirurgia no fêmur em abril e foi bem sucedida. Porém, a recuperação não foi como esperado, o que fez com que ele falecesse pouco mais de 1 mês da cirurgia.

O Dr. Guilherme afirma: “Dentro de todas as causas de morte relacionadas a quedas ou complicações pós-cirúrgicas, 85% desses pacientes que evoluem para o óbito, são pacientes idosos, ou seja, acima de 65 anos. Fatores que contribuem para essa maior morbidade e mortalidade, ou seja, maior gravidade do evento da queda em idoso, podemos citar processos inerentes do próprio envelhecimento, diminuição da força muscular, osteoporose que são ossos frágeis, dificuldades para caminhar, pacientes que possuem arritmias cardíacas que podem causar falta de suprimento de oxigenação para o cérebro ou para os músculos, alterações da pressão arterial que costuma causar hipotensão postural que ocorre, sintomas de depressão, própria síndrome do envelhecimento que chamamos de senilidade.”

Dona Eloisa tem muita disposição e se alimenta muito bem. Seu corpo pode não responder tão bem quanto esperado, mas a cabeça continua brilhante, com boa memória, lembranças e disposição para falar e contar suas histórias. Ela anda com auxílio de andador e, quando necessário, usa cadeira de rodas.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Ministério da Saúde, há evidências para sugerir que exercícios, tais como treinamento de equilíbrio (Tai Chi), são efetivos em reduzir o risco de quedas em idosos. Melhorar a aptidão física e impedir a inatividade e a imobilidade, também contribuem. Vigilância domiciliar periódica e sistemática para avaliar e, caso apropriado, modificar os riscos ambientais, pode ser efetiva em reduzir quedas. Identificar quaisquer consequências psicológicas de uma queda, como o medo de cair, que possam levar a uma autorrestrição de atividades e, secundariamente, a desuso, imobilidade, atrofia muscular e novas quedas. Modificar os comportamentos de risco, de forma a garantir movimentos e transferências seguros, sem restringir a possibilidade de uma vida ativa. Instituir estratégias, enfim, que previnam uma lesão séria, de maneira que, mesmo ocorrendo uma queda, esta não resulte em graves consequências.

Sobre o Dr. Guilherme Rossoni

O Dr. Guilherme Rossoni possui o título de especialista em Neurocirurgia pela SBN (Sociedade Brasileira de Neurocirurgia), sendo membro titular da associação.

Especialista em Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna pelo Fellowship, um programa de complementação especializada para médicos. Possui expertise em Cirurgia Endoscópica da Coluna, realizado pela Word Spine Center, além do Curso Avançado de Cirurgia Endoscópica da Coluna Vertebral pela IRCAD, o maior centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva do continente.

O lema do Doutor é transmitir a confiança para todos os pacientes que chegam até ele de forma empática e humanizada!

Registro de especialista em Neurocirurgia. RQE-ES 10637 | RQE-SP 73982 | RQE-RJ 31929 | CRM – SP 161.136 | CRM – ES 11.625 | CRM – RJ 52.0115109-6

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