Com a experiência em explorar as diversas possibilidades disponíveis no mercado, a arquiteta Rosangela Pena mostra como substituir elementos por outros que propiciam resultado semelhante, tanto na estética, como na praticidade na decoração
Já se foi o tempo em que os revestimentos eram quase todos iguais, padronizados e com pouca variedade. Por conta do avanço tecnológico, são cada vez mais democráticos, uma vez que sempre há um modelo que se adequa ao gosto e a proposta do décor. Entre aqueles que fazem ‘sucesso’, as versões que simulam a estética de outros materiais estão em alta, uma vez que reproduzem os padrões com perfeição para agregar em personalidade e conforto aos ambientes.
De acordo com a arquiteta Rosangela Pena, à frente do escritório que leva o seu nome, por muito tempo as chamadas ‘imitações’ de revestimentos não eram bem-vistas na área da arquitetura e interiores. “Até hoje, muitos clientes e profissionais ainda não aceitam essa substituição, mas de modo geral essa percepção mudou, uma vez, a depender da proposta do ambiente e o material especificado, a aparência consegue ser até mais real e mais bela que o original”, argumenta.
Mas por que pensar na possibilidade de substituição?
Essa possibilidade de se obter o mesmo visual por meio de outro elemento é uma boa alternativa para buscar determinado resultado, mas por conta do custo não conseguiria adquirir o original. Com preços mais acessíveis, é possível alcançar a estética e aproveitar a praticidade de aplicação e limpeza. “Eu gosto de considerar mudança quando o local em si não permite a aplicação do original, seja por questões de funcionalidade, custo manutenção e, muitas vezes, até pela preferência”, explica a arquiteta.
Quais são os materiais mais replicados?
Atualmente, as inúmeras opções permitem que profissionais de arquitetura e seus clientes mergulhem na criatividade. As imitações vão desde painéis em MDF até os porcelanatos e pisos vinílicos, que reproduzem, fidedignamente, os efeitos do cimento queimado, mármore, madeira, pedra e, tecido, entre outros.
– Madeira: o caminho é investir em revestimentos que reproduzem a textura com exatidão, tais como o porcelanato, vinílico e o laminado.
Pedras: Os materiais que reproduzem o efeito do recurso natural são excelentes alternativas, pois garantem o aconchego e preservam o meio ambiente.
– Cimento: Tendência nos projetos, pode ser replicado a partir de tintas e porcelanatos. Além da facilidade na aplicação e a manutenção, também evita as indesejáveis trincas que a técnica do cimento queimado pode resultar.
– Mármore: Com seu alto custo, a pedra preferida pode ser eficazmente substituída pelo porcelanato, sem abrir mão da elegância e sofisticação que o mármore agrega aos projetos.
Quais vantagens que podem trazer?
Uma das vantagens dessa troca é a redução do impacto ambiental. Muitas vezes, resíduos e gastos excessivos de matéria prima podem ser prejudiciais e a busca por soluções menos nocivas ao meio ambiente tem se tornado uma demanda de profissionais e moradores. A praticidade é outro ponto positivo, já que essas peças costumam ser fáceis de limpeza e instalação por meio de mão de obra. Por fim, a economia é um dos fatores decisivos, haja vista que um grande número dos naturais apresenta valores elevados.
Vale tudo?
Rosangela ressalta que, ainda assim, a troca de alguns elementos não são bem aceitas. Um deles são as plantas, uma vez que as naturais também contribuem com o ambiente devido ao processo de fotossíntese. “Com a biofilia super em alta, justamente pelo desejo de conviver com a natureza viva, as plantas artificiais enfrentam muita resistência”, conclui.
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