Evento tradicional que fomenta a cena local do rock reunirá alguns nomes que emergiram nos anos 1990

O Cross Originals, que celebra a música autoral, completa um ano com uma edição especial, que será realizada, como habitual, no Crossroads, em Curitiba. No dia 31 de agosto (quinta-feira), sobem ao palco as bandas Prankish e No Milk Today, referências do cenário local nos anos 1990, além do Killing in a Bad Moon.

A entrada custa R$ 15, e os shows começam às 22 horas. Mais informações em @barcrossroads.

Prankish

Formada em 1994, a Prankish retorna aos palcos após um hiato de duas décadas. As composições são uma energética fusão de heavy metal, groove e letras marcantes, estilo cunhado de “punch rock” pelos integrantes e seu público. Gravaram duas demo tapes, um CD auto-intitulado e marcaram presença em diversas coletâneas importantes para a cena musical curitibana, como “Borboleta 13”, “Lototol” e “Não Estacione”, todas com expressão nacional no período.

O Prankish estabeleceu seu lugar como parte ativa no cenário musical local e também participando de festivais nacionais. Atingindo patamar nacional em sua carreira com o prêmio da revista Rock Brigade em 1996, sendo reconhecida como uma das três melhores bandas brasileiras no universo do rock independente. Além disso, a banda foi responsável pela trilha sonora do livro “O Mago de Prata”, do renomado artista plástico Marcelo Paciornik. Entre vários shows importantes, abriram para o Gamma Ray, no Chocolate Chic, em 1997.

No Milk Today

O No Milk Today, fundado em 1993, é um sobrevivente de um caldeirão borbulhante de Rock que marcou época e trouxe cicatrizes. Comemorando 30 anos, a banda lançou o livro “As crianças nunca vão parar de cantar”, com a história de sua trajetória e do entorno do seu percurso. Em paralelo, executou um projeto para educação musical para crianças autistas que culminou com uma apresentação emblemática da banda e das crianças participantes antes da invasão microbiana que parou o planeta.

Seu último álbum “Coturno Bastardo” foi lançado paralelamente no Brasil e na Alemanha e traz uma homenagem às suas raízes do Punk Rock brasileiro.

Killing in a Bad Moon

O embrião de Killing in a Bad Moon começou a se formar em 2016 quando Nilo Ferreira e Andre Massad se reuniram no “92 Graus” – um pub no subsolo do centro de Curitiba. O motivo era um artigo para um jornal local reunindo membros de bandas da cena rock dos anos 1990, que chamou a atenção do país na época pela sua sonoridade e diversidade.

Nilo foi guitarrista do Boi Mamão e André, baterista do Resist Control, importantes nomes daquela época. Após esse reencontro, decidiram se unir e tocar juntos, chamando o baixista Ton Zanoni para completar o time. O trabalho resultou no álbum autointitulado. O último e decisivo momento foi a entrada de Cássio Linhares – vocalista com sólida carreira em bandas de metal como Zeitgeist Co. – que adicionou musicalmente.

Prankish: J. Andrade