Onda de calor leva Itaipu a bater recorde de produção diária de energia em 2023

Onda de calor leva Itaipu a bater recorde de produção diária de energia em 2023
Foto: Sara Cheida / Itaipu Binacional

Altas temperaturas fizeram aumentar a demanda da usina. Na segunda-feira, (25) foram produzidos 274.837 MWh.

A Itaipu Binacional registrou, nesta segunda-feira (25), a maior produção diária do ano. Os 274.837 MWh gerados em um único dia ajudaram a atender a alta demanda de energia dos mercados brasileiro e paraguaio devido à onda de calor que está atingindo toda região. A produção foi 25% maior que a observada nos últimos meses.

O aumento na produção diária de Itaipu vem acontecendo desde quinta-feira (21), acompanhando a elevação dos termômetros nos dois países. “Desde sexta-feira, colocamos à disposição dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio toda a capacidade disponível da usina para garantir energia a ambos os países, sendo efetivamente utilizada nos períodos de alto consumo. Assim, contribuímos para dar segurança energética ao Brasil e ao Paraguai”, informou o superintendente de Operação, Rodrigo Gonçalves Pimenta.

O maior consumo de energia acontece entre 14h e 22h, devido ao uso de ar-condicionado e outros sistemas de refrigeração. Neste período, aumenta a demanda de energia nos sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai. Na segunda-feira (25), por exemplo, foi registrado recorde histórico da carga média diária no Sistema Interligado Nacional do Brasil (SIN-BR).

De acordo com Pimenta, a usina hidrelétrica tem grande capacidade de atender não só a produção já planejada, mas também a eventuais desvios na programação, com demandas extras e pontuais de energia. Além disso, ela está disponível para aumentar sua geração e compensar variações das fontes intermitentes, como solar e eólica.

Na segunda-feira (25), a produção de Itaipu contribuiu com 10% de toda a energia gerada no Brasil e 77% do Paraguai. Os 274.837 MWh seriam suficientes para atender a cidade de São Paulo por 3 dias, o Distrito Federal por 15 dias, a cidade de Foz do Iguaçu por 5 meses e meio ou o Paraguai por 5 dias.

A expectativa é que, já a partir desta terça-feira (26), a produção diminua, acompanhando a tendência de queda da temperatura.

Onda de calor

Na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, publicou um alerta sobre o aumento da temperatura devido a uma onda de calor. De acordo com o órgão, o inverno deste ano foi um dos mais quentes desde 1961.

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