Sintoma pode ser confundido com problemas ortopédicos, mas exames e o histórico de saúde ajudam a diagnosticar tumores ósseos que, geralmente, são metástases de câncer de mama, próstata e pulmão
Tumores ósseos primários são raros, mas as metástases nos ossos, ou seja, acometimento ósseo advindo de outros tipos de tumores, é relativamente comum.
De acordo com a Dra. Lucíola Pontes, oncologista do Hcor, é muito comum as pessoas irem ao ortopedista com queixa de dor e descobrirem a metástase, a partir dos exames de imagem. “Geralmente, tumores ósseos são apresentação metastática de outros tumores. A pessoa pode ter um câncer primário de mama, por exemplo, e o tumor se espalhar para o osso”, explica.
Ainda segundo a especialista, os cânceres ósseos são difíceis de diagnosticar. Entretanto, ela alerta que é necessário ficar atento às dores que não passam. “Se a pessoa percebe uma dor estranha em algum osso e ela demora para ir embora, deve-se investigar”, aponta.
Além disso, não existem fatores de risco específicos para o desenvolvimento desses tumores. No caso dos sarcomas, que são os tumores que nascem diretamente nos ossos, é comum que eles acometam pessoas mais jovens. Entretanto, não há uma predisposição genética e nem mesmo uma forma de prevenção direcionada.
A Dra. Lucíola chama atenção para outros sintomas que podem ser sinal de que o indivíduo deve buscar ajuda, como inchaço no osso, dor local e, em alguns casos, uma certa deformação e quentura. “É importante lembrar que esse inchaço pode ser confundido com uma trombose”, reforça.
É comum que esse tipo de câncer acometa mais os ossos longos, como os da perna e os dos braços, mas também pode chegar a afetar as costelas e até mesmo a coluna lombar. “O home office fez as pessoas ficarem mais tempo sentadas, então as queixas de dor lombar cresceram muito. Caso seja uma dor estranha e que, mesmo com remédio, não passe, a pessoa tem que procurar um ortopedista e fazer os exames que ajudam a detectar as possíveis metástases, que são a ressonância magnética, tomografia e a cintilografia óssea”, conclui a Dra. Lucíola Pontes.