Os desafios são os mesmos, mas novas abordagens de saúde podem mudar a perspectiva de idosos

Ampliando a Qualidade de Vida dos 60+ os Cuidados Fonoaudiológicos Fazem a Diferença

O Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado em outubro, é uma data significativa que nos convida à reflexão sobre a melhoria da qualidade de vida dos idosos. Com o avanço da idade, problemas como perda de audição, enfraquecimento da fala, alterações respiratórias e dificuldades para engolir tendem a se tornar mais comuns, especialmente após os 60 anos.

Muitas vezes, os idosos não recebem a atenção e os cuidados de saúde necessários, o que pode agravar os problemas decorrentes do desgaste natural do corpo. Estes problemas podem se tornar mais graves e sérios, causando danos permanentes e irreversíveis se não forem avaliados e tratados precocemente.

O Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO 3) destaca que, para reverter ou amenizar esses quadros de saúde relacionados à idade, a fonoaudiologia tem sido uma grande aliada.

A fonoaudiologia dedica-se ao estudo e pesquisa da comunicação humana, trabalhando com aspectos da linguagem oral e escrita, voz, audição e também questões relacionadas à respiração e deglutição, comuns no processo de envelhecimento. Além disso, a área é responsável para o diagnóstico precoce de determinadas doenças, indicando tratamentos e especialistas que contribuem para o bem-estar dos idosos e a melhoria de sua qualidade de vida, especialmente na faixa etária acima de 60 anos.

Os idosos já representam 15,1% da população no Brasil, de acordo com o último censo demográfico de 2022 do IBGE, e a tendência é que esse grupo cresça, atingindo 2 bilhões de pessoas até 2050, chegando a 30% da população até meados do século XXI. Fatores como o atendimento de demandas específicas e o surgimento de serviços especializados no sistema público de saúde têm contribuído para esse resultado. Portanto, a evolução em áreas de atendimento especializado é crucial para o bem-estar dessa população, com a perda auditiva destacando-se como uma das principais e mais comuns dificuldades identificadas.

A fonoaudiologia auxilia na reabilitação auditiva, focando no desenvolvimento e estimulação das habilidades de audição, por meio de treinamentos para detecção, compreensão e reconhecimento de estímulos sonoros, com o auxílio de aparelhos que amplificam os sons, facilitando a restauração da comunicação“, destaca a fonoaudióloga Shirlei Biano Marcelos, do CREFONO 3.

A afasia, uma alteração de linguagem que afeta a capacidade cognitiva, fala, linguagem verbal e leitura e é comum em idosos, também pode ser tratada por meio da fonoaudiologia.

A fonoaudiologia é valiosa para o tratamento de idosos com problemas de deglutição, fortalecimento das cordas vocais, auxílio em doenças degenerativas e terapia para aqueles que sofreram impactos decorrentes de doenças como o AVC, contribuindo para a recuperação emocional e física dos idosos. Essa abordagem fonoaudiológica é crucial não apenas para o tratamento e prevenção de doenças, mas também para promover o bem-estar, aprimorando habilidades de comunicação e interação social, fundamentais para a qualidade de vida de todos, inclusive de idosos.

É fundamental destacar que, para minimizar os impactos do envelhecimento na qualidade de vida, a manutenção da saúde deve ser regular e constante, principalmente após os 60 anos. O Dia Internacional da Pessoa Idosa nos lembra e alerta da importância de conscientização sobre um estilo de vida saudável desde cedo“, ressalta a especialista Shirlei Biano Marcelos.

SOBRE O CREFONO3

O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 3ª Região (CREFONO 3), atuante no Paraná e em Santa Catarina, constitui, em conjunto com o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), uma autarquia federal. É responsável por zelar pelo cumprimento das leis, normas e atos que norteiam o exercício da fonoaudiologia, a fim de proteger a integridade moral da profissão, dos profissionais e dos usuários diretos.

Ao zelar pelo exercício regular da profissão, o CREFONO 3 protege o fonoaudiólogo daqueles que exercem inadequadamente ou ilegalmente a profissão, além de proporcionar melhores condições para que a população tenha um atendimento adequado ao consultar o profissional.