Paginação do revestimento para pisos e paredes: como definir?

Alinhado, Chevron e as espinhas e escamas de peixe são alguns dos estilos comumente utilizados nas obras. Arquiteta Isabella Nalon explicar escolher a melhor tipologia 

Paginação do revestimento para pisos e paredes: como definir?
A maneira como os revestimentos são instalados contribuem para a estética decorativa do ambiente. No interior do box, a arquiteta Isabella Nalon investiu no charmoso subway tile disposto na paginação espinha de peixe – que segue o sentido da parede, resultando em um ‘L’ na diagonal | Foto: Julia Herman

Para uma estética de excelência, não basta apenas escolher o melhor revestimento para aplicação nos pisos e paredes. Além da aparência e a sintonia com a proposta do projeto, é importante planejar a forma de instalação das peças – que em termos técnicos é chamado de paginação. Ao estabelecer o padrão ou desenho a ser formado, o ambiente terá o resultado pretendido.

“Essa decisão não incorre apenas no visual, como também nos propicia outros efeitos importantes como o desejo de contar uma história, criar uma divisão de ambientes ou mesmo conquistar amplitude”, explica a arquiteta Isabella Nalon, à frente do seu escritório homônimo. Assim, a paginação tanto estabelece o padrão, como permite o cálculo para a compra dos materiais com exatidão. “É simplesmente uma dor de cabeça quando a decisão é tomada apenas na obra, pois ao faltar material, além do atraso da obra e a pressa de sair para comprar, o cliente ainda é surpreendido com mais um gasto que não havia sido previsto”, adiciona.

Acompanhe as principais orientações da profissional:

Como fazer uma boa paginação?

Paginação do revestimento para pisos e paredes: como definir?
Nessa cozinha executada pela arquiteta Isabella Nalon, a paginação da cerâmica geométrica valorizou o vão da bancada e os armários inferior e superior | Foto: Julia Herman

Conforme abordado por Isabella, uma paginação bem sucedida resulta em assertividade – tanto pelo gasto do morador, o desperdício (ou a falta) e a melhor utilização do revestimento escolhido. Ainda de acordo com ela, a decisão acontece ainda na etapa de projeto, quando são desenhadas a planta baixa e as elevações. “Todos esses pontos convergem para o planejamento, fundamental para que tudo ocorra como o esperado. Também deve-se considerar a contratação de mão-de-obra especializada e treinada”, alerta Isabella.

E quais são os tipos?

De acordo com a arquiteta, as aplicações comumente adotadas são:

Alinhada: 

As peças têm o mesmo tamanho e podem ser instaladas tanto na vertical ou horizontal. Trata-se da forma mais tradicional de paginação, originando em uma sensação de regularidade ao espaço sem muito ou movimento. | Foto: Julia Herman

Diagonal:

Nesse tipo de paginação, as peças ficam em um ângulo de 45 graus e entregam a percepção de quebra de padrão e movimento. Para a especialista, é recomendada para paredes que possuem algum tipo de imperfeição que precisa ser ocultada. | Foto: Julia Herman

Espinha de peixe: 

Além do piso e da parede

A paginação não se restringe apenas a piso e parede e pode marcar presença no teto! A instalação é um pouco mais lenta, pois é fruto do escoramento conforme o desenrolar da instalação, que é realizada com uma argamassa específica para o local. “Vale lembrar que existem materiais específicos para cada ocasião. Alguns podem ser utilizados apenas em parede, por não terem resistência para o tráfego como os de piso, por exemplo. E cada material, seja piso, parede ou teto, tem sua argamassa específica”, conclui Isabella.

Instagram: @isabellanalon

Site: www.isabellanalon.com

Linkedin: Isabella Nalon

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