Pesquisa inédita da SOCESP constata que a população não relaciona o diabetes com as doenças cardiovasculares

Um levantamento da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP – junto a 2.236 jovens, adultos e idosos nas cidades paulistas de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital São Paulo constatou que 72% dos entrevistados não fazem nenhuma relação entre diabetes e doenças cardiovasculares (DCVs), aquelas que causam 400 mil óbitos todos os anos, só no Brasil.

A desinformação vai além, já que 40% dos portadores desconhecem que convivem com o problema, um desafio de saúde pública. A SOCESP também verificou que 42,6% dos pesquisados sequer conseguem identificar os sintomas, como fome e sede constantes, vontade de urinar acima do normal, fraqueza, fadiga e mudança de humor, que podem se manifestar mais fortemente em estágio avançado, quando o açúcar no sangue já comprometeu vários órgãos. “É fundamental a investigação periódica, por meio de exame de análise clínica”, orienta a cardiologista e assessora científica da SOCESP, Viviane Zorzanelli Rocha.

Um levantamento global apontou 422 milhões de adultos com diabetes. No Brasil, são cerca de 16 milhões que convivem com a doença, o que deixa o país em sexto lugar no ranking da incidência. “O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do pâncreas de produzir insulina suficiente para processar o açúcar no sangue. Uma vez não processado, o excesso prejudica saúde, incluindo maior probabilidade de placas nas artérias coronárias. Ao se instalar, potencializa outras condições, como pressão alta e colesterol elevado”, explica Viviane Zorzanelli Rocha. Por isso, trata-se de um dos principais fatores de risco cardiovascular, como infartos e acidente vascular cerebral (AVC).

Os portadores de diabetes têm entre duas e três vezes mais chances de desenvolver doenças do coração. As complicações cardiovasculares são responsáveis por 68% das mortes entre pessoas com a síndrome acima de 65 anos. A pesquisa ainda apurou que 63% não citaram a obesidade, 55% não mencionaram a má alimentação e 66% não cogitaram a inatividade física como fatores de risco para o coração e, consequentemente, gatilhos para o diabetes. “A preocupação com o peso deveria estar presente, pois 95% dos acometidos estão com o tipo 2 da doença, mais reincidente em obesos acima dos 40 anos e a que mais causa danos cardíacos”, completa a cardiologista.

A pesquisa deixa claro que a maioria não entende os perigos que o comer de forma desregrada representa:  66% afirmaram consumir açúcar regularmente e 74% têm pães e outros derivados do trigo no cardápio diário. Por esse motivo, o Departamento de Nutrição da SOCESP lança, de forma gratuita, um e-book com uma série de orientações para quem é portador do diabetes ou para aqueles que querem se prevenir da doença. A publicação “Diálogos com a Nutrição – Diabetes” faz parte do conteúdo informativo da campanha da entidade que ainda exibe uma série de entrevistas em vídeo e podcast com psicólogos, nutricionistas e cardiologistas, além de posts informativos nas redes sociais e site da SOCESP.

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