Grupo Boticário dá importante passo na vanguarda do setor da beleza e anuncia o primeiro projeto de Pele 3D com Folículo Capilar do mundo

Projeto inovador, que foi desenvolvido após três anos de pesquisa, deverá revolucionar a forma como os produtos cosméticos são testados na pele humana

O Grupo Boticário, uma das principais empresas de beleza do mundo, ocupa a vanguarda do setor, por meio de uma intensa agenda de inovação. A companhia, que foi a primeira a desenvolver a Pele 3D no Brasil, marca agora o início de uma nova era na indústria cosmética ao anunciar a Pele 3D com Folículo Capilar, projeto pioneiro no mundo criado por meio da técnica de bioimpressão. A inovação deverá revolucionar a forma como os produtos cosméticos são testados na pele humana e os cuidados com ela sob o aspecto do berço da criação da fibra capilar, que é o folículo.

No mês em que é celebrado o Dia Mundial da Ciência pela UNESCO (24 de novembro), o anúncio do desenvolvimento da Pele 3D com Folículo Capilar é um avanço tecnológico sem precedentes no campo científico, oferecendo não somente uma alternativa ética aos testes em animais (não realizados no Grupo Boticário há mais de 20 anos), mas possibilitando melhores condições dos testes de segurança de produtos cosméticos, além de trazer profundas implicações no campo da medicina regenerativa, como em caso de queimaduras na pele.

O projeto é fruto de uma pesquisa que teve duração de três anos e que deu origem ao doutorado da cientista Carolina Motter, que integra o time da Diretoria de Qualidade, Excelência e Cuidado do Grupo Boticário, no Rensselaer Polytechnic Institute (Troy, NY). O artigo científico sobre a descoberta foi publicado na revista Science Advances e poderá ser acessado via link.

“Não é novidade que somos profundamente comprometidos com nossos clientes, por isso, eles ocupam o centro do nosso modelo de negócio e este lançamento, bem como toda a pesquisa, representa um marco na nossa história, mas principalmente para todo o ecossistema. Por meio de toda a dedicação e trabalho de pesquisa da nossa cientista Carolina Motter, pudemos dar mais um passo nesta constante jornada pela excelência na indústria da beleza oferecendo sempre os melhores produtos e soluções. Estamos ansiosos pelas infinitas possibilidades que a Pele 3D com folículo capilar nos proporcionará e muito contentes por essa imensa contribuição que demos à comunidade científica.”, conta Desirée Schuck, gerente sênior de Performance de Produtos.

De forma simplificada, a bioimpressão da pele com o folículo capilar possibilita estudos de permeação de ativos considerando as células que compõem o folículo e na avaliação de eficácia de produtos para crescimento capilar. Já em relação às análises toxicológicas, o folículo piloso é uma via de permeação de moléculas importantes. Assim, essa estrutura nos modelos de pele 3D pode melhorar consideravelmente a qualidade dos dados obtidos em estudos in vitro, por exemplo.

Além disso, o uso de tecnologia de bioimpressão 3D permite recriar modelos mais complexos de tecidos e órgãos humanos, melhorando a reprodutibilidade de ensaios reduzindo consumo de insumos de laboratório, tornando-se uma poderosa aliada da sustentabilidade em termos de evolução de pesquisas no campo médico, científico e industrial. Com isso, há ganhos não só para o mercado da beleza, mas para toda a sociedade que ganhará agilidade nas pesquisas.

Mas, afinal, como é produzida a Pele 3D com Folículo Capilar?

Inicialmente, células de pele e do folículo capilar são isoladas a partir de amostras humanas. A partir daí, estas células são cultivadas em laboratório possibilitando a expansão de seu número até que cheguem a uma quantidade suficiente que as permita recriar os modelos no laboratório.

Os cientistas preparam, então, as bioinks que são formadas por biomateriais, como proteínas, e células da pele. Para cada etapa da construção da pele são utilizadas bioinks com diferentes, cada uma com composição representativa da camada a ser impressa, como por exemplo, para a derme os biomateriais são compostos colágeno e fibroblastos, já a da epiderme contém queratinócitos e melanócitos.

Assim é iniciado a impressão da camada dérmica, que é a camada interna da pele humana, formada principalmente por colágeno. Depois de ser impresso, este bioink se torna um composto gelificado – como gelatina e, depois disso, há a impressão de um bioink do folículo piloso dentro desta camada.

Quando a agulha utilizada para imprimir o bioink do folículo piloso sai da derme – parte externa da pele, deixa um canal. Por fim, é realizada a bioimpressão da bioink a epiderme, camada mais externa da pele.

Ao longo do tempo, as células do folículo piloso criam uma esfera e as células da epiderme migram para o canal do folículo piloso, rodeando a esfera do folículo.

As células epidérmicas, durante entre 10 e 14 dias (período em que o tecido fica sob cultura), formam uma barreira que confere um aspecto semelhante ao da pele humana. Após este tempo, a amostra está pronta a ser utilizada para diferentes avaliações, sendo possível avaliação de biomarcadores específicos.

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