Espetáculo Sinal de Vida usa jogos de performance para criar conexão humana

Crédito imagens: Café Preto

A peça estará em cartaz em Curitiba entre os dias 15 de fevereiro e 17 de março

O espetáculo Sinal de Vida, além de entreter os espectadores com muita arte, busca uma reflexão e conexão humana. Por meio de jogos de performance, os espectadores mergulham em uma reflexão sobre a vida. A obra estará em cartaz no Teatro Novelas Curitibanas, gratuitamente, entre os dias 15 de fevereiro e 17 de março, em Curitiba.

Criada pela companhia Café Preto durante a pandemia, o espetáculo, agora presencial, trabalha em cima de uma questão principal: “O que te traz vitalidade?”. Com essa pergunta, os artistas Caio Monczak, Guilherme Mendes Muniz, Janaína Fukuxima e Janaína Micheluzzi desenrolam uma trama com diversos significados e reflexões.

O espetáculo é dividido em duas partes. Na primeira, cada integrante apresenta uma rodada individual de dez minutos respondendo à pergunta por meio de uma performance. Essa performance, porém, não é necessariamente uma cena. “O jogo tem a característica de criar algo para a gente apresentar em dez minutos. É uma ação a partir da pergunta e você cria uma ação ou uma cena, é bem amplo, não é só um monólogo. Pode ser uma imagem, uma palestra, algo visual. Tem um hibridismo de várias linguagens”, conta Janaína Fukuxima.

Porém, na segunda parte os quatro artistas podem se intrometer na rodada do outro e, inclusive, o artista pode interagir com o público, se assim quiser. O interessante, porém, é que tudo é feito sem ensaio prévio, tornando-se um espetáculo único a cada apresentação e verdadeiramente reflexivo.

“Nessa segunda parte, a gente se intromete na ação do outro e refaz aquilo de outra forma, um novo sinal de vida. Por isso esse espetáculo flerta com o improviso”, revela Janaína Micheluzzi. Outro ponto importante, é que o projeto conta com a criação de uma Zine que será distribuída gratuitamente para o público. A Zine é uma publicação artesanal e de baixo custo.  A artista-zineira Anna Carolina Azevedo será responsável por editar essa obra a partir de textos e imagens produzidas no sinal de vida em sua era pandemia. O propósito é permitir que os sinais de vida sejam lançados mais longe e para ainda mais pessoas, inclusive pessoas que não vivem no mesmo tempo que nós, pois será um artefato memorial deste projeto. Ela funcionará como uma dobra entre o sinal de vida remoto e o presencial, entre o teatro e a literatura, entre a presença e a memória.

Sinal de Vida é afeto

A reflexão é uma pauta presente no espetáculo Sinal de Vida que a companhia buscou para se aproximar do público e fazê-lo repensar em alguns aspectos das vidas dos espectadores.

“Nós queremos criar um momento de afeto, propor um espaço de conforto para o público, que ele se sinta em casa ali com a gente. Afinal, Sinal de Vida é sobre saúde, é falar sobre saúde mental dentro do teatro. A vitalidade não tem conexão apenas com coisas belíssimas e afetuosas. Ela pode representar um momento de destruição ou de choro”, destaca Guilherme Mendes Muniz.

Por fim, Caio Monczak destaca uma frase do escritor brasileiro Luiz Antônio Simas que resume bastante o projeto:” O contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto.”

Sobre o Projeto “Sinal de Vida”

Esta iniciativa apaixonante da Companhia Café Preto nasceu em meio à pandemia com a participação da atriz Elisa Ribeiro que fez parte de toda criação e das apresentações neste período, quando já dedicada ao jogo de performances, expandiu suas fronteiras para os jogos online com o público. A partir dessa rica experiência, surgiu a ideia de criar um espetáculo que abordasse a importância vital da arte, da conexão humana e da busca incessante por significado na vida.

O “Sinal de Vida” não é apenas um espetáculo teatral; é um convite para mergulhar na essência da expressão humana. Este projeto visa não apenas enriquecer a cultura e a arte, mas também nutrir novos talentos e ampliar a apreciação do público pela arte teatral.

Serviço

Espetáculo Sinal de Vida

Datas: de 15 de fevereiro a 17 de março

Horário: De quinta a sábado, às 19h30, e nos domingos, às 18h

Local: Teatro Novelas Curitibanas

Ingressos: Gratuito. Os ingressos serão distribuídos 1 hora antes do espetáculo.

Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba

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