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Buscar referências do médico para um procedimento é fundamental para não colocar a saúde em risco, diz presidente da SBD-PR

Você já parou para pensar quais os motivos levam algumas pessoas a procurarem por procedimentos realizados por profissionais não médicos, muitas vezes em locais sem qualquer estrutura para um atendimento seguro?

Em geral, as redes sociais contribuem e muito para a disseminação de informações por vezes questionáveis. Somado a isso, os preços mais em conta oferecidos por profissionais não médicos acabam atraindo pacientes que, sem a informação correta, optam por esses tipos de serviços.

Segundo Annia Cordeiro, médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná, é preciso estar atento na hora da escolha do profissional, buscando referências sempre que possível e certificando-se de que o médico é especialista naquela determinada área que o paciente procura.

“Vivemos numa época de muita informação, e às vezes fica difícil entender se o profissional influencer de rede social é, de fato, médico, e se o médico é, de fato, especialista naquela área em que ele está divulgando. Então, o principal ponto é verificar se o médico é especialista, e isso é possível checar no site da sociedade médica ou até mesmo no Conselho Federal de Medicina”, alertou a especialista.

Lei ao Ato Médico: segurança para o paciente

Há muitos profissionais não médicos e sem a especialidade devida divulgando serviços que só podem ser feitos por médicos. Por isso, a Lei 12.842/13 estabelece quais atividades e procedimentos são exclusivos da prática médica, priorizando, assim, a segurança do paciente e a qualidade da prática da medicina no Brasil.

“Ao se submeter a procedimentos invasivos, como intervenções estéticas, conduzidos por indivíduos sem a devida qualificação, o paciente está colocando sua vida em risco. Quem decide se submeter a um procedimento estético, em especial os invasivos, deve buscar informações a respeito da capacitação dos profissionais envolvidos, buscar informações sobre o local onde será realizada a intervenção e fugir de promoções e ofertas com promessas milagrosas de resultados”, orientou a presidente.

Exercício legal da medicina

Realizado no fim do mês passado, o I Fórum sobre Ato Médico, organizado pelo Conselho Federal de Medicina, em Brasília, reuniu representantes de entidades médicas, de órgãos de gestão, da Polícia Civil e do Ministério Público para debater propostas sobre o Ato Médico. Eles debateram ações a fim de combater os abusos contra o exercício ilegal da medicina, que ameaça a integridade de milhões de pacientes.

Aprovada e sancionada há 10 anos, a Lei do Ato Médico nº 12.842/2013 representa um divisor de águas na definição das prerrogativas inerentes ao médico no exercício da sua profissão.

Com informações: SBD e CFM

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