Encontrar o emprego dos sonhos e ser promovido tem relação direta com o aumento da qualificação educacional

 

Pesquisa mostra um aumento de 13% na renda dos profissionais e constata que mais de 30% desse aumento derivou de uma melhora educacional

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), o aumento da formalização e uma melhor qualificação educacional dos empregados são novidades positivas no mercado de trabalho brasileiro, explicando uma parte relevante da recente elevação real da renda, que subiu de um mínimo de R$ 2.756 no último trimestre de 2021 para R$ 3.323 no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 13%. Também segundo a pesquisa, ao observar o período do quarto trimestre de 2023 em comparação com o quarto trimestre de 2022, constata-se que 37,4% do aumento da renda real derivou de uma melhora educacional.

Para o consultor de carreira e negócios da ESIC, Alexandre Weiler, a formação educacional tem se mostrado um diferencial importante no mercado de trabalho e na melhoria de renda dos trabalhadores de diversos setores. “Trabalhadores com maior qualificação educacional têm acesso a posições mais bem remuneradas e com maiores benefícios, o que não apenas eleva seus rendimentos individuais, mas também contribui para a estabilidade econômica e social do país. A educação capacita os trabalhadores a desempenharem funções mais complexas e de maior responsabilidade, aumentando a sua produtividade e, consequentemente, a competitividade das empresas. Além disso, uma força de trabalho mais qualificada atrai investimentos e fomenta a inovação, impulsionando o crescimento econômico sustentável”, afirma.

Vantagens para o mercado, empresas e profissionais

Weiler explica que o avanço na formalização do emprego e na qualificação educacional dos trabalhadores é um indicativo de um mercado de trabalho em evolução, mais robusto e preparado para enfrentar os desafios futuros. “Investir em educação e qualificação profissional continua sendo uma estratégia fundamental para garantir que esse progresso se mantenha e se expanda, beneficiando cada vez mais trabalhadores, empresas e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil” , garante.

Olhando para as empresas, a qualificação educacional oferece benefícios em relação não apenas a produtividade e competitividade, como também na redução de custos associados ao treinamento e desenvolvimento, pois, embora a formação inicial possa requerer um investimento maior, a necessidade de treinamentos constantes e correções de erros é reduzida, o que diminui os custos operacionais a longo prazo. “Profissionais bem preparados também tendem a apresentar menor rotatividade, reduzindo os custos com recrutamento e adaptação de novos funcionários. Além disso, empresas com uma força de trabalho qualificada são mais competitivas no mercado, pois são capazes de oferecer produtos e serviços de alta qualidade, o que fortalece a marca e a reputação da empresa. Também é importante lembrar que empresas inovadoras e eficientes são mais atraentes para investidores e parceiros comerciais, facilitando a expansão dos negócios e a conquista de novos mercados”, explica o consultor.

Para os profissionais, Weiler afirma que a qualificação educacional traz diversos benefícios significativos, incluindo melhores oportunidades de emprego, salários mais altos, maior estabilidade e segurança no trabalho, e crescimento profissional contínuo. “A educação contínua e avançada facilita o acesso a cargos desafiadores e interessantes, oferece maior satisfação no trabalho, aprimora a capacidade de inovação e resolução de problemas, e proporciona benefícios adicionais como melhores planos de saúde e previdência. Além disso, a formação educacional amplia as redes de contatos, promovendo relações valiosas para o desenvolvimento da carreira, sendo um investimento fundamental para os profissionais que desejam melhorar sua empregabilidade, alcançar melhores salários, ter estabilidade no emprego e crescer profissionalmente. Vale reforçar que a qualificação contínua não apenas eleva a carreira individual, mas também contribui para a criação de um mercado de trabalho mais robusto e dinâmico, beneficiando a economia como um todo”, finaliza Weiler.