O Teste do Pezinho é um importante exame feito a partir do sangue coletado nos primeiros dias de vida do bebê. Basta uma pequena amostra de sangue que pode ser coletada através da punção venosa ou no calcanhar do recém-nascido. Deve ser realizado preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida e assim detectar condições de saúde que podem causar sequelas graves ou até mesmo risco de morte ao recém-nascido.
No próximo dia 6 de junho comemora-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data para conscientizar sobre a importância do exame. O teste faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde, é obrigatório para todos os recém-nascidos e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de opções pelo plano de saúde ou particular.
O exame pode identificar diversas doenças, dependendo do tipo de exame realizado. Entre as principais destacam-se: fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos, doenças lisossômicas, imunodeficiências primárias e atrofia muscular espinhal. É importante conversar com seu pediatra durante a consulta pediátrica pré-natal ou com o pediatra da maternidade para conhecer os tipos de teste do pezinho disponíveis na sua região e qual a melhor opção para sua família.
A pediatra intensivista do Grupo Neocenter, Dra Rairine Faleiro, destaca a importância do teste na prevenção de doenças graves. “O exame é de fácil realização e pode salvar vidas. O diagnóstico e tratamento precoces dessas doenças são muito importantes para evitar problemas futuros, que podem comprometer o desenvolvimento físico e mental do bebê. É fundamental que os pais e responsáveis tenham consciência da relevância do Teste do Pezinho, e assim evitar quadros clínicos graves”.
O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são essenciais para diminuir a mortalidade por essas doenças e proporcionar melhor qualidade de vida às crianças. Sem o exame, as doenças não são facilmente diagnosticadas, pois, muitas não apresentam sinais e sintomas no período neonatal. “Os bebês prematuros também devem realizar o Teste do Pezinho e podem ser necessárias uma segunda ou terceira coleta dependendo da idade gestacional/imaturidade e dos procedimentos e medicamentos que foram usados durante a internação na unidade neonatal. Se houver a confirmação de uma das doenças pesquisadas, é orientado que o recém-nascido passe por uma avalição médica que avaliará quais serão os acompanhamentos e tratamentos necessários para cada caso”, conclui Dra. Rairine.
E se der alguma alteração no teste?
Não se preocupe caso o exame de seu filho apresente alteração! A primeira coisa a se fazer é levar o recém-nascido ao pediatra para realizar uma avaliação clínica e uma nova amostra do exame deverá ser coletada para confirmação. Com o novo exame em mãos, o pediatra realizará orientações e tratamentos específicos para cada doença, caso a alteração se confirme. Se o resultado deste novo exame for normal, nenhuma medida adicional.