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Julho Verde Escuro traz o alerta para os tipos de câncer ginecológico e formas de prevenção

O mês de julho tem como cor de laço o verde escuro e representa a conscientização sobre o câncer ginecológico, que tem como tipo mais frequente no Brasil o de colo uterino. Mas também engloba o câncer de endométrio (do corpo do útero), ovário, vulva e vagina. Dr. João Soares Nunes (CRM – 35013, RQE – 19703 / 19704), oncologista do IOP (Instituto de Oncologia do Paraná), alerta para os principais sintomas e, principalmente, para a prevenção.

“O câncer de colo uterino, por exemplo, tem como principal fator de risco a infecção persistente por HPV (Papiloma Vírus Humano) do subtipo oncogênico (ou cancerígeno), a saber: 6, 11, 16, 18. Considero não estar vacinado para o HPV como uma falha grave atualmente nos cuidados de saúde da mulher, já que a vacina está disponível. Lembrando que outros fatores que também podem contribuir para a doença são tabagismo, infecção pelo HIV e múltiplos parceiros sexuais, dentre outros”, explica o médico. A vacinação contra o HPV é especialmente eficaz quando a mulher/menina ou homem/menino nunca foram expostos ao vírus. Ela é fornecida gratuitamente pelo SUS. E há ainda uma vacina com eficácia ampliada chamada nonavalente que está disponível apenas na rede privada.

Em seguida, com maior quantidade de casos vem o câncer de endométrio (do corpo do útero), cujos fatores de risco envolvem idade avançada, exposição hormonal, obesidade, diabetes e tabagismo. Em terceiro vem o câncer de ovário, considerado um assassino silencioso, pois não tem sintomas nas fases iniciais, e seu principal fator de risco é a idade avançada e fatores genéticos.

“Gostaria de alertar sobre o câncer de vulva e vagina, que são mais raros, e estão associados à infecção pelo HPV, sendo que o de vulva ocorre principalmente em mulheres mais idosas e se caracteriza por uma coceira que lembra um tipo de alergia”, afirma Dr. João Soares Nunes.

Lembrando que qualquer tipo de câncer quando diagnosticado na fase inicial tem maiores chances de cura e, em geral, com tratamentos menos agressivos e de melhor recuperação. “O diagnóstico precoce pode ser realizado através do exame preventivo do colo do útero, onde se analisa células da região do colo em busca de alterações que indicam a presença da infecção pelo HPV ou lesões pré-malignas, dando oportunidade de tratamentos curativos mais simples e localizados”, orienta. Na rede privada há a possibilidade de se fazer a pesquisa e identificação do HPV nas pacientes.

“Já o câncer de endométrio deve ser lembrado sempre que uma senhora apresenta sangramento vaginal, muitas vezes, anos depois da menopausa. Diante desse sinal, se avaliado adequadamente, o diagnóstico ocorre nas fases iniciais e o tratamento é altamente curativo”, explica o oncologista do IOP.

O câncer de ovário na maioria das vezes causa sintomas apenas quando já está em fase avançada. “Assim favorecemos o acompanhamento ginecológico e a realização de exames baseados no histórico de cada paciente, e este acompanhamento deve ser feito por seu ginecologista”, lembra.

TRATAMENTOS – Os tratamentos são baseados em três pilares: Cirurgia, Radioterapia e a Terapia Sistêmica. A soma dos tratamentos ou sua sequência garantem hoje os melhores resultados em termos de cura.

A cirurgia e a radioterapia avançaram no sentido de minimizar sequelas, garantido o tratamento local com eficácia. A cirurgia realizada com robô permite rápida recuperação das pacientes e menos sofrimento. A radioterapia (aplicação de radiação no tumor) evoluiu reduzindo sequelas ou efeitos nos órgãos normais que ficam próximos da lesão tumoral.

“O tratamento sistêmico foi o que mais evoluiu nos últimos anos. Temos modernas quimioterapias ou formas de melhor aplicá-las. Temos também quimioterapias orais, também conhecidas como terapia alvo, onde a paciente trata o câncer tomando alguns comprimidos, como uma doença crônica, especialmente nas mulheres portadoras de mutação genética BRCA1/BRCA2. Há ainda imunoterapia, que são medicamentos injetáveis capazes de ativar o sistema imunológico induzindo maior destruição do tumor. A hormonioterapia pode ser usada em alguns casos de câncer de endométrio, estes são medicamentos que bloqueiam a atividade hormonal sobre estas células tumorais, auxiliando no controle e regressão do tumor. Novos medicamentos promissores estão chegando, onde quimioterápicos estão conjugados a anticorpos que guiam a droga diretamente nas células tumorais oferecendo mais eficácia e menos efeitos tóxicos”, explica Dr. João Soares Nunes.

Fica o alerta: fazer o acompanhamento regular com o ginecologista é mandatório, e se tiver histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário fazer uma avaliação genética e exames personalizados conforme cada caso. Por fim, nunca minimizar os sintomas ginecológicos persistentes.

Importante lembrar e acolher os homens trans, pois eles possuem os órgãos ginecológicos e, portanto, estão sujeitos aos mesmos riscos. “Eles devem ser tratados com respeito e ter acesso aos cuidados e atenção à saúde, com foco maior em prevenção, com toda a dignidade. Muitos preconceitos e barreiras devem ser derrubados para um melhor atendimento médico”, alerta o especialista.

Sobre o IOP – Instituto de Oncologia do Paraná:

Com quatro sedes estrategicamente localizadas em Curitiba (PR), o IOP (Instituto de Oncologia do Paraná) comemorou em 2023 seus 28 anos de fundação. Hoje a empresa faz parte de uma holding, o Grupo Med4U. Além do IOP, estão no guarda-chuva o IOP Educa, IOP Pesquisa, Mantis Diagnósticos Avançados, Valencis Home Hospice e Oncoville, centro de radioterapia.

Destaques para a parceria com o Hospital São Marcelino Champagnat, desde dezembro de 2021, assim como a parceria com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Vale ressaltar que o IOP é a única clínica do sul do Brasil a fazer parte da Rede Einstein de Oncologia e Hematologia, para discussão de casos, troca de conhecimentos e encaminhamento de casos raros e mais complexos quando necessário.

Com 93 médicos no corpo clínico e 184 colaboradores, o IOP oferece os mais avançados tratamentos no câncer, conjugando Medicina de qualidade, tecnologia e humanização. Conta ainda com uma equipe multidisciplinar, incluindo Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Farmácia para o enfrentamento positivo da doença. Os tratamentos de ponta ainda são beneficiados com diferenciais como cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia. Para agendar sua consulta, acesse nosso site https://iop.com.br/

Mais informações:

https://iop.com.br/

Mateus Leme

Rua Mateus Leme, 2631 B

(41) 3207-9797

Batel

Rua Saldanha Marinho, 1814

(41) 3207-9798

Oncoville

Marginal Rodovia BR-277, 1437

(41) 3099-5800

Hospital São Marcelino Champagnat

Av. Presidente Affonso Camargo, 1399

(41) 3087-7600

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