A inovação vai auxiliar no diagnóstico e tratamento dos mais de 270 Assistidos e pacientes da Organização
A ultrassom point-of-care (POCUS), também chamada de ultrassonografia no ponto de atenção, foi implantada no Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo em junho. De acordo com o diretor–técnico, Dr. Tiago Kuchnir, o equipamento atua como uma ferramenta no cuidado com os Assistidos e pacientes da Organização. “Usamos a ecografia em situações como punções delicadas, para examinar os pulmões, coração e também nos membros inferiores para averiguar tromboses, por exemplo”, explica.
Todos os médicos da Organização receberam treinamento na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) para utilizar os equipamentos adquiridos. O investimento de R$35 mil em treinamento, e R$87 mil nos equipamentos, foram feitos com verbas do Fundo Municipal de Apoio ao Deficiente, por meio do projeto Respirando Melhor, apresentado pelo Pequeno Cotolengo ao município. São três transdutores específicos, um para a região abdominal e membros inferiores, outro para o coração e o último para os pulmões.
Segundo o diretor executivo, Diogo Azevedo, a ultrassom beira leito estava prevista dentro do planejamento estratégico de 2020, feito pela Organização. “Estamos sempre procurando o que há de mais novo no mercado para trazer qualidade de vida e excelência no atendimento dos nossos Assistidos e pacientes. Esse é um passo muito importante para trazer conforto a eles, que não precisam mais se deslocar para outros locais quando precisam de apoio no diagnóstico”, relata.
Atualmente, o Pequeno Cotolengo atende mais de 270 pessoas com múltiplas deficiências, que moram na Organização e se beneficiarão com o equipamento. Grande parte deles possuem limitações motoras, deformidades ou comportamentos agitados que impedem a realização de alguns exames.
“Muitas vezes, não conseguimos fazer um raio-x ou uma tomografia em nossos Assistidos por conta das especificidades deles. Com o Point of Care, trazemos mais conforto para esse momento, já que estarão sendo examinados por profissionais que já são familiares e em um ambiente que já conhecem, que é a própria casa deles. Isso é prezar pelo bem-estar e pela qualidade de vida deles”, conta o diretor técnico.
A médica geriatra do Pequeno Cotolengo, Dra Cláudia Ranzi, conta que um dos maiores ganhos do equipamento, são para aqueles Assistidos que não conseguem comunicar o que estão sentindo. “Dado o perfil dos nossos pacientes, na grande maioria dos casos, o único sinal que eles dão é a alteração comportamental: ficam mais agitados, mais irritados, essa é a maneira que têm de expressar a dor. Só que, muitas vezes essa alteração é interpretada como um sintoma psiquiátrico e o paciente acaba não recebendo o tratamento e diagnóstico corretos. Com esse ultrassom, vamos ter muito mais facilidade para examinar mais profundamente e encontrar o que pode estar causando essa dor”, explica.
De acordo com o Diretor-Técnico, esses equipamentos significam um avanço enorme para a qualidade de vida dos Assistidos, e também em todo o setor da saúde da Organização. “Nós investimos em aparelhos novos que são muito portáteis para atender a demanda da Organização, que tem um espaço físico, uma estrutura muito ampla e que exige essa movimentação fácil. É um grande passo no cuidado que temos com todos os que precisam do nosso atendimento ”, finaliza.
O Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo
O Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo realiza mais de 400 mil atendimentos multidisciplinares por ano. Oferece mais de 200 leitos de acolhimento institucional de alta complexidade, em 8 Casas Lares e 4 Grandes Lares; e 58 leitos de transição de cuidados, em 2 Unidades Hospitalares, sendo para cuidados paliativos, reabilitação ou readequação, destacando-se como a maior do estado do Paraná habilitada pelo ministério da Saúde. Oferta 26 especialidades médicas e modalidades terapêuticas para usuários do SUS de Curitiba, algumas disponíveis para o público externo no ambulatório, sendo elas: fisioterapia e equoterapia, e atendimentos exclusivos para pessoas com espectro autista. Outro pilar fundamental é o atendimento educacional especializado, por meio da Escola Pequeno Cotolengo, que fica nas dependências do complexo e é considerada uma das maiores do estado. O Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), que em 2023 foi eleita como uma das 100 Melhores ONGs do Brasil e uma das Melhores Empresas Para Trabalhar no Paraná. Todo o atendimento realizado na organização é 100% gratuito. A oferta de todos os serviços deve-se ao essencial apoio de nossos doadores e parceiros, conquistado por meio de nossa transparência e um sólido programa de compliance, assegurando o uso eficaz e responsável de cada doação.