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Câncer de mama: novos medicamentos potencializam tratamento na chamada medicina personalizada

O câncer de mama é o principal tipo de câncer em 157/179 países, com 70% da mortalidade ocorrendo em países de média e baixa renda; representa 25% de todos os cânceres em mulheres. As informações são da Organização Mundial da Saúde – OMS.

Mesmo diante dessa estatística alarmante, segundo a entidade, houve progresso limitado na redução da carga da doença, com apenas cerca de 20 países de alta renda no caminho certo para atingir a meta de redução de 2,5% da mortalidade por ano até 2040. A Iniciativa Global de Câncer de Mama (GBCI) da Organização Mundial da Saúde, estabelecida em 2021, destaca a necessidade de diagnóstico precoce e oportuno e conclusão do tratamento sem abandono para melhorar a sobrevida ao câncer de mama.

No Brasil, o câncer de mama é uma das neoplasias malignas mais frequentes entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O Instituto Nacional do Câncer – INCA estima uma média de 73 mil casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025.

“O câncer de mama é uma doença grave, porém, se for descoberta na fase inicial, as chances de cura são maiores que 90%. Por isso, é tão importante conhecer o próprio corpo, fazer o autoexame mensal. Caso perceba alguma alteração, como caroços na mama, pele da mama avermelhada, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido, procure, imediatamente, um médico para uma avaliação. Além disso, é preciso fazer mamografia, principal exame de rastreamento, e realizar consultas periódicas”, alerta a oncologista clínica Rayana Postai, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.

Câncer de mama não é tudo igual

Existem diferentes tipos de câncer de mama, cada um dos quais é determinado por fatores como local da mama onde começa a crescer, quanto cresceu ou se espalhou e também por certas características que influenciam o comportamento da doença. “Por isso é muito importante conhecer o tipo de câncer de mama com o qual a mulher foi diagnosticada, para que se possa escolher as melhores opções de tratamento”, destaca a oncologista clínica.

Entre os principais tipos de tumores da mama está o luminal, que se alimenta de hormônio e que não tem uma molécula chamada HER2. Ele corresponde a aproximadamente 60% dos casos. Outro tipo é o HER2 positivo, que representa cerca de 20% dos casos. Já o triplo negativo, não expressa nem o HER2 nem os receptores hormonais, corresponde por volta de 20% dos casos.

Medicamentos para tumores específicos

Nos últimos anos, novos tipos de medicamentos vêm se somando à grande gama voltada ao tratamento. Hoje, há um tipo de medicamento que se soma à imunoterapia, que são os chamados anticorpos conjugados à droga.

Entre eles está o datopotamab deruxtecan, medicamento que foi avaliado em mulheres com câncer de mama metastático. Outro medicamento promissor para determinados tipos de câncer de mama é o inibidor de ciclina, que é a responsável pelo crescimento do tumor, em grande parte por seu poder de gerar metástase. Integra ainda esse grupo o pembrolizumabe, um tipo de imunoterapia que aumenta a potência dos linfócitos no ataque ao tumor; é indicado para o câncer de mama triplo negativo.

Para a oncologista clínica Rayana Postai, os novos medicamentos possibilitam a prática de uma medicina personalizada, voltada ao tipo específico de câncer da paciente. “Isso amplia as opções para adotar a melhor terapêutica possível, de forma personalizada.”

Nos últimos anos, novos tipos de medicamentos vêm se somando à grande gama voltada ao tratamento.

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