quarta-feira, 13 novembro 2024
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Diabéticos têm até quatro vezes mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares

Entre as condições mais comuns estão infarto, acidente vascular cerebral (AVC), entupimento de artérias (doença arterial periférica) e aneurisma

Mais de 20 milhões de pessoas convivem com o diabetes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O nível desregulado de açúcar no sangue é um veneno para o organismo. Pouco a pouco, vai afetando diversos órgãos, muitas vezes, de maneira silenciosa. Os danos só aparecem vários meses ou anos depois, como no caso das doenças cardiovasculares (DCVs).

“Os níveis glicêmicos elevados por um longo período causam espessamento e processos inflamatórios nas paredes dos vasos sanguíneos, que podem levar ao acúmulo de placas de gordura e cálcio nas artérias, afetando o fluxo sanguíneo adequado. O resultado é um risco maior de infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), formação de aneurismas, insuficiência cardíaca e até mesmo de morte súbita”, explica o Dr. Jasvan Leite, cardiologista do Hcor.

Segundo uma pesquisa feita pela Federação Internacional de Diabetes, as DCVs são as complicações decorrentes do diabetes que mais levam a óbito. Os números mostram que cerca de 80% das mortes de pacientes diabéticos estão associadas a essas condições. “É importante ter em mente que o diagnóstico não é uma sentença de morte, mas que exige um cuidado para que possa viver bem e não desenvolver diversas complicações típicas da doença”, ressalta.

Quando não controlado adequadamente, além das DCVs, o diabetes pode causar danos à visão, distúrbios cutâneos, infecções, comprometimento dos rins e lesões nos nervos. “O agravamento pode ser evitado ou atrasado com um controle rigoroso da glicemia e com o uso de medicamentos. Já os fatores de risco para problemas cardíacos, como hipertensão arterial e colesterol alto, são avaliados nas consultas médicas e tratados precocemente”, conta.

Para prevenir o diabetes ou diminuir as chances de complicações da doença é preciso investir em bons hábitos alimentares, dando preferência a alimentos naturais (frutas, legumes e verduras), praticar exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebida alcoólica. Lembrando que tudo deve ser realizado sob orientação médica, de acordo com as condições de saúde individuais”, finaliza o Dr. Jasvan.

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