Conforme o novo prazo, a partir de fevereiro de 2018, todos os produtos transportados via Correios, devem estar acompanhados da nota fiscal ou da declaração de conteúdo (exclusiva para remessas de produtos usados e sem cunho comercial), fixada na face externa da encomenda.
Caso o objeto postado não esteja de acordo coma nova exigência, o remetente estará sujeito a problemas como retenção de mercadorias, cobrança de taxas e até mesmo restrição para futuras postagens.
Esta nova condição para o transporte de mercadorias via Correios é uma forma de apoiar e intensificar a fiscalização, e facilitar assim o monitoramento e controle a respeito do recolhimento de impostos relacionados a operações de compra e venda, sendo então os principais agentes da mudança as Secretarias da Fazenda estaduais.
Já que o cumprimento das obrigações tributárias é de responsabilidade do varejista, exigir a nota fiscal é uma forma dos Correios reforçarem esse controle.
Como isso mudou a rotina dos lojistas
É importante relembrar que, se o documento fiscal, ou a declaração de conteúdo, não forem anexadas por fora da embalagem, simplesmente a encomenda não será despachada! Para que isso não atrapalhe suas vendas, é melhor não tentar fugir. As transportadoras também exigem documento fiscal. Mais não é difícil se adequar.
Você, na condição de um pequeno e-commerce, deve passar a emitir nota fiscal (ou emitir agora para 100% das remessas) de compra e venda para continuar no mercado.
Será importante dar mais atenção aos custos envolvidos na logística do seu negócio, visto que, embora pareça irrelevante, o empacotamento (packing) representa um percentual considerável em relação ao custo da venda. E quanto mais se agrega documentação, identificação e embalagem, proporcionalmente maior fica este custo. Entre os itens necessários estão papel sulfite, envelopes plásticos, cartuchos para impressão, impressoras, fitas plásticas e seus equipamentos aplicadores para anexar o envelope com a nota. Some a isso a necessidade de comprar em grandes quantidades para adquirir insumos com o menor preço possível e elevar o lucro do produto.
O manuseio também acaba por se tornar um pouco mais trabalhoso. É preciso alinhar as informações da compra com a nota e a identificação da embalagem. Imprimir, dobrar, ensacar e colar a identificação plástica externa na caixa. Parece simples, mas, se você não deseja começar a atrasar seus pedidos, é melhor contratar um auxiliar a mais para a equipe.
Em breve, passará a sentir falta de um sistema de gestão, ERP. E tão logo passará a sentir falta de um sistema WMS, que gerencie seus pedidos. Possivelmente, algum tempo depois, acabará buscando por um operador logístico que faça toda a parte operacional de seu e-commerce.
Uma segunda saída, segundo a diretora da SHL Logística, Audrey Slomp, é organizar os custos e, logo que for possível, partir para uma logística terceirizada. “Operação logística profissional agora é lei. Não podemos ver a obrigatoriedade dos Correios apenas como um entrave no momento do transporte. As coisas mudam também na preparação do pedido. Nenhum varejo online poderá mais simplesmente inserir produtos em embalagens, identificar e despachar. Haverá mais processos no tocante ao pedido, e isso será o fio condutor de reflexos operacionais que nem sempre são percebidos. Para evitar sustos nessa transição, o ideal é contar com um operador logístico, como a SHL Logística, especializada na operação de pedidos e-commerce”, diz Audrey.
Contratando o serviço de terceirização logística, o pequeno e-commerce ganha força para vender mais. “Há pouco tempo era considerado um luxo uma empresa contar com um operador logístico, mas atualmente, com o avanço do varejo online e o crescimento de remessas fracionadas, o serviço tornou-se mais abrangente e flexível, com planos sob demanda e baseados na preferência logística do cliente”, conclui Audrey Slomp.
O reflexo das novas medidas
Fica claro que se torna cada dia mais indispensável o profissionalismo em todas as etapas da venda para que o negócio online sejam um sucesso.
Já não basta mais somente ter produtos para vender. É preciso ter também uma estrutura mínima de gestão e logística para o e-commerce funcionar.
Quem nadar contra essa maré, não permanecerá ativo por muito tempo. Mas, quem pegar essa onda, e profissionalizar a operação, seja esta própria ou terceirizada, terá boas chances de surfar nela e ver o seu negócio crescer.
Fonte: SHL Logística